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Março deve continuar quente e seco em diversas regiões

A previsão de formação de novas Zonas de Convergência do Atlântico Sul são baixas de acordo com o Climatempo, devido ao bloqueio atmosférico em grande parte do país nesta primeira quinzena



O mês de março marca a troca de estação do verão para o outono, que começa no dia 20. Em grande parte do Brasil, as médias de precipitação são naturalmente menores do que as observadas de dezembro a fevereiro, de acordo com meteorologistas do site Climatempo.
Apenas nas regiões do norte do Nordeste e na metade norte da região Norte, as médias de precipitação previstas para o mês são as primeiras ou segundas mais altas na escala anual.



Onda de calor e bloqueio atmosférico
O mês de março de 2025 já começou com uma situação de bloqueio atmosférico que estabeleceu uma nova onda de calor sobre o Brasil, esta é a quinta onda de calor e deve persistir pelo menos até esta quarta-feira (05/03).
As projeções indicadas por vários modelos atmosféricos segundo o site apontam que este bloqueio poderá se prolongar até por volta da próxima segunda-feira (10/03).

A partir daí, a previsão é de que ocorram grandes mudanças na circulação de ventos sobre América do Sul, permitindo que as frentes frias voltem a avançar sobre a Argentina e cheguem ao Brasil.

O rompimento do bloqueio atmosférico, vai permitir que áreas de baixa pressão atmosférica voltem a se formar pelo interior do Brasil, contribuindo para a organização diária de instabilidade climática.

Com o aumento da chuva e as frentes frias voltando a avançar pela costa do Sul e do Sudeste durante a segunda quinzena de março, as temperaturas tendem a baixar fazendo com que as médias finais fiquem mais próximas da normalidade. Ainda assim, o mês de março deve terminar com temperaturas dentro a acima da média na maioria das áreas do país.

O fenômeno La Niña ainda está ativo, mas cada vez mais fraco. O oceano Pacífico Equatorial, na porção mais próxima ao litoral do Peru, vem aquecendo ao longo de fevereiro indicando um enfraquecimento gradual do La Niña.
Atlântico Sul mais quente

O oceano Atlântico Sul, na costa do Sul e do Sudeste do Brasil, está com temperatura acima do normal, o que facilita a formação de áreas de baixa pressão atmosféricas sobre o oceano. Esse tipo de sistema facilita o crescimento de áreas de chuva pelo litoral do Sul e do Sudeste.

Episódios de chuva volumosa podem ocorrer nas áreas litorâneas destas Regiões, porém, as áreas de instabilidade não conseguem se expandir para o interior do continente.

O aumento da ocorrência de chuva pelo interior do Sudeste no Sul e também em áreas como Mato Grosso do Sul (MS), Goiás (GO) e Distrito Federal (DF) só deve ocorrer a partir do fim da primeira quinzena de março.
ZCIT em posição normal

Por outro lado, a temperatura do oceano Atlântico Tropical está favorável à manutenção da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) na sua posição normal. Isso vai facilitar o avanço das áreas de instabilidade da para a costa norte do Brasil.

Esse é um dos principais motivos que devem fazer com que a faixa norte do Nordeste, entre o Maranhão (MA), o Rio Grande do Norte (RN) e a Paraíba (PB), tenha chuva acima da média ao longo do mês de março e abril.
Na Região Norte do Brasil, as pancadas de chuva vão continuar ocorrendo basicamente por causa do calor e da grande disponibilidade de umidade no ar.

O avanço de linhas de instabilidade tropicais, que se deslocam lentamente, não raramente provocam chuva volumosa em diversas áreas da Região Norte.
ZCAS

Embora haja expectativa de rompimento do bloqueio atmosférico no fim da primeira quinzena de março, é pouco provável que haja condições para a formação de um novo episódio de Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS).

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