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Reconvale Noticias : Alta da inflação de alimentos sob Bolsonaro contradiz boné

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Os dados oficiais sobre a inflação no Brasil indicam que a frase estampada nos bonés usados por deputados que apoiam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não reflete a realidade econômica vivida durante seus quatro anos de governo. Na abertura do ano legislativo, realizada na segunda-feira (3), bolsonaristas apareceram na Câmara com bonés que diziam "Comida barata novamente. Bolsonaro 2026", buscando explorar a crise dos preços dos alimentos sob a administração de Lula.

A Rivalidade dos Bonés

Essa ação tinha como objetivo contrabalançar o uso, por parte dos apoiadores do governo, de bonés azuis com a frase "O Brasil é dos brasileiros". A chamada "guerra dos bonés" mobilizou até ministros e o presidente Lula, que publicou uma foto nas redes sociais usando um boné, ideia atribuída ao novo ministro da Secretaria de Comunicação, Sidônio Palmeira.

Após a exibição dos bonés na Câmara, o novo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), fez uma postagem afirmando que, para ele, bonés servem apenas para proteger do sol, e não para resolver os problemas do país.

Dados da Inflação Alimentar

Segundo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) e o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), o grupo de Alimentos e Bebidas teve uma inflação superior a 6% em 2019, enquanto a inflação geral não ultrapassou 4,5%. As carnes foram o principal responsável pela alta naquele ano.

Em 2020, a inflação de alimentos ultrapassou 14%, impulsionada principalmente pelo aumento dos preços do arroz, óleo de soja e batata, coincidente com a declaração da pandemia de Covid-19 e as políticas de isolamento social.

Comparação entre Governos

Após o fim da Emergência em Saúde Pública em abril de 2022, a inflação de alimentos e bebidas fechou o ano em quase 12%, comparada a 6% da inflação geral. O deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB) comentou que não há como comparar os governos, ressaltando que Bolsonaro enfrentou a pandemia e que o setor agropecuário sustentou o PIB brasileiro.

Questionado sobre a alta dos preços dos alimentos antes da pandemia e em 2022, o deputado afirmou que aqueles períodos foram melhores do que os atuais. Lula, em sua campanha, prometeu que as famílias poderiam voltar a consumir carnes como picanha e aproveitar uma "cervejinha" nos finais de semana.

Situação Atual dos Preços dos Alimentos

Em 2023, os preços das carnes apresentaram queda entre janeiro e setembro, mas começaram a subir novamente a partir de setembro. Apesar disso, o IPCA e o INPC de alimentos e bebidas terminaram o primeiro ano do governo Lula 3 com índices de 1,03% e 0,33%, respectivamente, ambos abaixo dos indicadores gerais, que foram de 3,71% (INPC) e 4,62% (IPCA).

Já em 2024, os preços dos alimentos, especialmente carnes, café e leite longa vida, voltaram a subir significativamente, levando o presidente a exigir ações de seus ministros para a redução dos preços.

A inflação alimentar no segundo ano do governo Lula 3 superou o primeiro ano da gestão Bolsonaro, com o IPCA alcançando 7,69% contra 6,37% de 2019, e o INPC registrando 7,6% em comparação a 6,84% do primeiro ano de Bolsonaro.

A elevação dos preços dos alimentos tem ofuscado o impacto do aumento da renda, dificultando uma recuperação mais consistente do poder de compra dos brasileiros.

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