De acordo com a Goldman Sachs, um dos principais motivos para o fortalecimento do real nos últimos meses foi a diferença de taxas de juros, levando investidores a buscar moedas de países emergentes de melhor qualidade. Além disso, questões internas também têm contribuído para a valorização do Real e espera-se que continuem influenciando nos próximos meses.
Os analistas preveem que, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) desta semana, o Banco Central deverá ressaltar a melhora da inflação, expectativas favoráveis e o fortalecimento do real. Dessa forma, existe a possibilidade de uma redução da taxa Selic em agosto. No entanto, os analistas afirmam que isso não diminui a atratividade dos juros brasileiros.
No relatório, afirmam: "Considerando o ponto de partida elevado das taxas reais e o contínuo progresso na inflação, esperamos que as diferenças de juros permaneçam favoráveis mesmo com o início da normalização monetária. O fluxo de investimentos em renda fixa continuará sendo um fator positivo para o real".
Outro fator a ser considerado é a recente melhoria na perspectiva da dívida soberana brasileira pela agência Standard & Poor's, que passou de estável para positiva. A Goldman Sachs destaca que, enquanto o cenário doméstico permanecer favorável e as taxas de juros se mantiverem altas, há potencial para que o real apresente retornos positivos nos próximos meses.
De acordo com os estrategistas, o real ainda é considerado "barato" e há espaço para que a cotação do dólar caia antes de atingir um nível considerado "justo", estimado em R$ 4,30 de acordo com o modelo do banco. Eles projetam uma cotação de R$ 4,60 nos próximos três meses, em vez dos R$ 4,90 previstos anteriormente, e de R$ 4,40 tanto em seis como em doze meses, substituindo as estimativas anteriores de R$ 4,85 e R$ 4,90, respectivamente.
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