
As medidas implementadas pelo partido e sua equipe abrangem desde a criação do novo Bolsa Família até a disponibilização de 1 milhão de novas vagas em escolas de ensino integral. A mais recente delas, divulgada nesta segunda-feira, dia 12 de junho, é um programa destinado à alfabetização de crianças, cujo investimento total será de R$ 2 bilhões até 2026.
Antes de assumir o cargo, o Congresso concedeu a Lula uma verba de R$ 170 bilhões, que está além dos limites do teto de gastos. Dentre esse montante, R$ 70 bilhões foram destinados ao novo Bolsa Família aprimorado.
Os outros R$ 100 bilhões podem ser utilizados para investimentos. Algumas das iniciativas anunciadas em 2023 já possuíam recursos previstos no orçamento, como os incentivos à cultura. O custo adicional de elevar o benefício do Auxílio Brasil de R$ 405 para R$ 600 e fornecer um adicional de R$ 150 para famílias com crianças de até 6 anos foi de R$ 70 bilhões.
Além disso, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que ultrapassa o limite de gastos também liberou cerca de R$ 100 bilhões do compromisso fiscal, além de destinar recursos adicionais ao programa de transferência de renda para restabelecer os orçamentos dos ministérios durante o terceiro mandato de Lula à frente do governo federal.
Medidas divulgadas desde o início do mandato
Confira abaixo algumas das ações divulgadas pelo governo desde o início do mandato de Lula em janeiro de 2023:
Manutenção do Auxílio Brasil (renomeado como Bolsa Família) de R$600;
Aumento de bolsas de estudo;
Reajuste na merenda escolar;
Relançamento do Mais Médicos;
Manutenção do vale-gás;
Programa Desenrola para renegociar dívidas;
Recursos para o piso da enfermagem;
Recursos para universidades e institutos federais;
Reajuste do salário mínimo para R$1.320;
Relançamento do Minha Casa, Minha Vida;
Fortalecimento do Farmácia Popular;
Medidas para baratear o valor de automóveis;
Lançamento do Brasil Sorridente;
Programa de alfabetização de crianças, entre outros.
Avaliação do governo de Lula e percepção entre os eleitores
A maioria dos programas implementados são promessas de campanha e ações com apelo popular. O presidente e sua equipe reconhecem que Lula foi eleito em 2022 com uma margem de votos muito estreita e, portanto, precisam trabalhar para melhorar sua popularidade entre os eleitores que não o escolheram.
Uma pesquisa realizada pelo Ipec (antigo Ibope), divulgada no dia 9 de junho, revelou que o percentual de avaliações positivas do presidente caiu de 41% para 37% nos primeiros cinco meses de governo. Durante o mesmo período, a rejeição ao político petista aumentou de 24% para 28%.
O Ipec é uma empresa de pesquisa liderada por membros da antiga direção do Ibope, uma empresa do mesmo setor que realizava levantamentos de opinião, política e mercado, encerrando suas atividades em 2021 após 79 anos de existência.
Ao analisar os votos dados nas eleições presidenciais de 2022, a pesquisa mostra que 4 em cada 10 (41%) dos eleitores que votaram pela reeleição de Jair Bolsonaro não têm uma visão negativa do governo Lula, 8% o avaliam como “bom ou ótimo” e 33% como “regular”. Por outro lado, 56% dos eleitores de Bolsonaro afirmam que o governo de Lula é “ruim ou péssimo”.
Os dados contradizem o que foi revelado pelo PoderData em sua pesquisa realizada entre os dias 2 e 4 de abril, que constatou que uma parcela significativa dos eleitores do ex-presidente passou a ter uma avaliação positiva do governo atual.
Fonte: Pronatec
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