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Novos diálogos revelam a podridão humana dos carrascos da Lava Jato



Por RIcardo Kotscho, para o Balaio do Kotscho e para o Jornalistas pela Democracia - Deltan Dallagnol – Um amigo de um amigo de uma prima disse que Marisa chegou ao atendimento sem resposta, como vegetal.
Januário Paludo – Estão eliminando as testemunhas…
Nova leva de diálogos entre procuradores da Lava Jato revelados nesta terça-feira pelo The Intercept, em parceria com o UOL, no qual comentam as mortes de Marisa, mulher de Lula, do irmão Vavá e do neto Arthur, são de dar náuseas até em bolsonaros da vida, tamanha a desumanidade e a sordidez dos interlocutores.
Confesso que me senti mal e custei a começar a escrever, depois de ler este material, que mostra até onde pode chegar a degeneração humana de agentes do Estado, que se uniram em Curitiba para colocar Lula na cadeia e Bolsonaro no Palácio do Planalto.
Destaca-se, no conjunto das boçalidades, a procuradora Laura Tessler, debochando da dor da família do ex-presidente.
“Só falta dizer que a Lava Jato implantou 10 anos atrás um aneurisma na cabeça da mulher… Milhares de pessoas morrem de AVC no mundo… Isso faz parte do mundo real e pronto”.
Em outro trecho, Tessler mostra que tipo de gente trabalha no MPF em Curitiba:
“Ridículo… Uma carne mais salgada já seria suficiente para subir a pressão… ou a descoberta de um dos milhares de humilhantes pulos de cerca do Lula”.
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Em seguida, seu chefe Deltan Dallagnol, o grande palestreiro da Lava Jato, desmascarado pelo The Intercept, fala sobre Lula:
“Bobagem total, ninguém mais dá ouvidos a esse cara”.
Ao saber da morte de Vavá, o coordenador da Lava Jato escreveu no grupo “Filhos de Januário” formado pelos procuradores:
“Ele vai pedir para ir ao enterro. Se for, será um tumulto imenso”.
Entra na conversa o procurador Athayde Ribeiro da Costa:
“Acho que tem que autorizar a saída. Ou, como disse um de nós, leva o morto lá na PF”.
Januário Paludo dá o tom de como Lula era tratado pelos carrascos da Lava Jato:
“O safado só queria passear”.
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Quando morreu Arthur, o neto de sete anos de Lula, Roberon Pozzobon ironizou a reação de Lula no velório abraçado aos parentes:
“É tudo uma estratégia para se humanizar, como se isso fosse possível no caso dele”.
Impossível é acreditar que esse Pozzobon e os demais procuradores façam parte da elite do Ministério Público Federal que a mídia transformou em heróis nacionais do combate à corrupção.
Estes jamais poderão ser humanizados pois nem parecem seres humanos dotados de um mínimo de empatia e compaixão.
Lula não foi tratado na Lava Jato como réu em um processo no qual foi condenado sem provas.
Foi tratado como inimigo a ser abatido, junto com a sua família, para no fim levar o ex-juiz Sergio Moro ao Ministério da Justiça e abrir caminho à demolição da economia e do sistema político do país e entregá-lo de mãos beijadas nas mãos a um pau mandado de escusos interesses nacionais e estrangeiros.
De todos os diálogos já revelados, estes são certamente os mais cruéis, os mais escabrosos.
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Este é apenas um breve resumo. Tem muito mais na matéria publicada hoje pelo UOL sem grande destaque.
O que o Supremo Tribunal Federal ainda está esperando para afastar todos estes procuradores do serviço público e anular todos os processos dos quais participaram?
No Estado de Direito, a polícia investiga, promotores acusam e juízes julgam, mas na República da Lava Jato todos se uniram e foram cúmplices da maior farsa judicial da nossa história.
E Lula continua preso, há mais de 500 dias, numa cela solitária na Polícia Federal de Curitiba, enquanto o país se desintegra, agora tratado pela comunidade internacional como um pária desgovernado.
Vida que segue.

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