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Desnutridos, venezuelanos veem ajuda humanitária como salvação



A nação antes rica em petróleo da Opep viu sua economia cair pela metade nos cinco anos de governo do presidente Nicolás Maduro, e agora, a ideia de uma ajuda humanitária atravessar a fronteira venezuelana deu esperança para aqueles que estão sofrendo com a crise política e social que se instalou no país
A desnutrição passou a fazer parte da vida daqueles que não tem dinheiro para comprar alimentos hiperinflacionados e por isso, Juan Guaidó, líder da oposição e autodeclarado presidente do país, avançou com os planos de trazer suprimentos de comida e remédios para a Venezuela no sábado (23), apesar da resistência do presidente Nicolás Maduro, que nega a existência de uma crise em seu país e afirma que tudo isso só passa de um ‘show’ para derrubá-lo
Salários que não acompanham o crescimento da inflação e controles cambiais que restringem a importação de alimentos fizeram com que a dieta de muitos venezuelanos se tornasse cada vez mais deficiente de vitaminas e nutrientes

Nesta quinta-feira, Guaidó liberou um comboio de parlamentares de oposição ao Maduro em uma viagem até a fronteira colombiana, onde é esperado que a ajuda humanitária entre na Venezuela

Em resposta, Maduro denunciou as ajudas, fechou a fronteira com o Brasil e afirmou na TV que estava considerando fechar a fronteira com a Colômbia. O presidente também reforçou a segurança das fronteiras e não permitiu que nenhum comboio passasse as barrerias

‘Espero que deixem a ajuda entrar’, afirmou Yaneidi Guzman, 38, que perdeu um terço de seu peso desde que a crise começou à agência Reuters
Yaneidi, que trabalha em dois lugares, e o marido ganham apenas US$ 30, o equivalente a R$112, por mês e priorizam a alimentação dos três filhos pequenos. Ela contou à Reuters que muitas vezes acorda sem saber como ela vai alimentar sua família. ‘Não quero ser rica, milionária… Só quero poder dar aos meus filhos um bom futuro, ter a certeza que eu posso levá-los ao médico quando adoecerem e que eles comam bem’, desabafou Yaneidi







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