O juiz federal Sérgio Moro prestou contas hoje (16) na Escola de Direito de Harvard, nos Estados Unidos, da operação lava jato que prendeu no último dia 7 de abril o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O magistrado falou sobre a “A lei do Século XXI” em evento realizado anualmente por alunos e ex-alunos brasileiros da instituição norte-americana.
Moro defendeu a antecipação da pena após o julgamento em 2ª instância e disse ser uma “evolução no sistema” contrariar o art. 5º, inciso LVII da Constituição Federal de 1988, que diz expressamente “Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado da sentença penal condenatória”.
Apesar de violar direitos fundamentais, o juiz de 1ª instância afirmou no evento que a democracia não corre risco no Brasil — embora no país das “chuteiras” a democracia tenha sucumbido à ditadura da toga desde o golpe de Estado de 2016.
Moro também defendeu “negociar a verdade” a partir das delações premiadas, mas admitiu que poderia ser mais duro em alguns acordos com criminosos do colarinho branco.
O juiz Sérgio Moro criticou ainda o foro privilegiado, inclusive para membros do judiciário.
Prestaram contas nos EUA, além de Moro, a procuradora-geral da República Raquel Dodge, o juiz federal Marcelo Bretas, responsável pela lava jato no Rio de Janeiro, e o ministro do STF Luís Roberto Barroso.
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