Jovem morreu depois de quebrar o pé em bar de Ponta Porã, MS (Foto: Marcio Perez/Arquivo Pessoal)
Familiares e amigos da estudante Gislaine Costa Perez, de 24 anos, fizeram um protesto na tarde deste sábado (4) em Ponta Porã, a 326 quilômetros de Campo Grande, cobrando a apuração das causas da morte da jovem. Gislaine morreu na manhã de domingo (29), no Hospital Regional de Ponta Porã, após dar entrada na local com um pé quebrado.
A estudante havia quebrado o pé em uma festa, no sábado (28), mas teve três paradas cardíacas e morreu na manhã de domingo (29).
A manifestação, que contou com a participação de cerca de 80 pessoas, começou por volta das 16h20 (de MS), na avenida Brasil, em frente ao Parque dos Ervais. Os participantes levaram cartazes pedindo justiça e cobrando explicações sobre o caso, e caminharam até a Câmara Municipal. Depois, eles se concentraram em frente ao Hospital Regional, onde o protesto terminou.
Em nota enviada ao G1 na segunda (30), a assessoria de comunicação do Hospital Regional Dr. José de Simone Netto informou que não irá se manifestar "até todos os exames da paciente ficarem prontos, a fim de diagnosticar a causa do óbito". Também ressaltou que "o hospital sente a perda de uma jovem de forma tão súbita e se solidariza com o sofrimento da família".
Os exames que podem ajudar a esclarecer a morte da jovem foram encaminhados nesta semana para o Estado de São Paulo e ainda não há previsão de divulgação dos resultados.
Entenda o caso
De acordo com o boletim de ocorrência, Gislaine foi a uma festa em um barzinho da cidade acompanhada por um irmão, por volta das 23h30 (de MS), onde torceu o pé. Ela foi levada por parentes ao hospital, onde foi verificado que ela havia quebrado o pé, e ficou internada.
No domingo, por volta das 8h, um irmão foi fazer uma visita e foi informado que Gislaine estava com problemas respiratórios, teria sofrido duas paradas cardíacas, havia sido estabilizada e aguardava uma ambulância para ser transferida para Dourados. Por volta das 10h, antes da chegada da ambulância, a estudante sofreu a terceira parada cardíaca e não resistiu.
Família traumatizada
O irmão de Gislaine, Márcio Perez, conta que a família quer saber o que aconteceu com Gislaine e que está muito traumatizada com o caso e principalmente com falta de informações. Ele diz que se não conseguirem respostas vão promover novas manifestações.
“Uma menina alegre, cheia de vida. Estamos revoltados. Sabemos que nada vai trazer a vida dela de volta, mas precisamos entender o que aconteceu. Ela não tinha nenhum problema de saúde, não sabemos se ela tinha alergia a algum medicamento, mas como que um pé quebrado pode terminar desse jeito”, comentou.
No atestado de óbito, no campo causa da morte, consta “causa indeterminada”. O caso foi registrado na 1ª Delegacia de Polícia Civil de Ponta Porã como morte a esclarecer. O laudo da perícia, que deve apontar o que causou a morte, tem até 30 dias para ficar pronto.
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