No mesmo dia em que passaram a circular especulações sobre uma possível aliança eleitoral entre Romeu Zema e Ratinho Junior para 2026, vídeos do governador de Minas Gerais viralizou nas redes sociais. A gravação mostra a participação de Zema em um programa de debates marcado por confrontos diretos, onde ele é amplamente visto como despreparado diante de uma argumentação consistente.
No episódio, exibido no quadro “30 contra 1”, do canal Foco, o professor de Geografia Luiz Felipe apresenta uma leitura histórica sobre a política brasileira e questiona ideias recorrentes do discurso liberal. Segundo informações, a ideia de participar do programa partiru do próprio partido Novo e não do Palácio Tiradentes.
Ao longo da conversa, o educador sustenta que a direita sempre ocupou posição dominante no Congresso Nacional e que governos identificados com a esquerda atuaram dentro de limites impostos por um sistema capitalista e por coalizões conservadoras.
Nas redes, a impressão recorrente foi a de que Zema recebeu uma verdadeira aula de história e política. Internautas apontaram que o governador demonstrou dificuldade para sustentar seus argumentos, recorrendo a frases prontas e interrupções, sem conseguir responder de forma consistente às críticas apresentadas. A cena passou a ser descrita como um exemplo da fragilidade intelectual do projeto político que Zema, enquanro pré-canditado à presidência, representa.
Ao tentar responsabilizar governos petistas por crises econômicas e associar políticas sociais a desequilíbrios fiscais, o governador foi confrontado com dados históricos, referências a reformas recentes e à precarização do trabalho. Segundo a leitura que se espalhou nas redes, Zema ficou visivelmente sem reação diante de uma análise que ultrapassava slogans ideológicos.
Não é, porém, a primeira vez que o governador de Minas Gerais é desmoralizado por sua capacidade intelectual. Em 2023, durante uma entrevista em um programa de rádio, Romeu Zema perguntou se Adélia Prado — poeta mineira reconhecida internacionalmente — “trabalhava na rádio”, evidenciando desconhecimento sobre a obra e a relevância da escritora.
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