
Após quase 3 meses de negociações após alçar o deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP) como relator do projeto, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) afirmou que colocará em votação nesta terça-feira (9) o PL da Anistia, que foi transformado em PL da Dosimetria após encontro do parlamentar paulista com Michel Temer (MDB) e Aécio Neves (PSDB-MG).
Motta confirmou que "sim, vota hoje" o projeto em meio ao desconforto com a pré-candidatura à Presidência anunciada por Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Nos bastidores, partidos do Centrão contrários à candidatura do senador articulam usar o projeto para se vingar das tratativas que colocavam o nome do governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), como principal aposta para ser o anti-Lula na terceira via.
Flávio já adiantou que só deixará de disputar o Planalto se o pai, Jair Bolsonaro (PL), ser anistiado e reaver a elegibilidade para ser candidato em 2026. Caso contrário, diz que será ele o nome do clã Bolsonaro na disputa.
O senador, no entanto, não conseguiu sequer o apoio do senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro e presidente do PP. Articulador da terceira via, o piauiense insiste que Tarcísio é o nome "mais forte" para enfrentar Lula.
Relator da proposta, Paulinho da Força divulgou vídeo afirmando que seu texto não abordará a "anistia zero" a Bolsonaro, colocando-se na linha de frente contra Flávio.
"O pessoal do PL voltou a falar nessa história de anistia. Desde o início, eu tô dizendo, não tem nenhuma possibilidade de ter anistia no meu relatório. No meu relatório não consta anistia e não vai constar. O que tem no meu relatório é uma redução de penas. E essa redução de penas solta toda aquelas pessoas que foram presas do dia 8 de janeiro. E os que foram considerados mandantes dos crimes tem uma pena reduzida proporcional e portanto também serão beneficiados. E por isso eu deixo muito claro para para todos que no meu relatório não tem anistia, anistia zero. O que tem é revisão de penas", diz o deputado, que já havia prometido que Bolsonaro deixaria a cadeia em 2 anos.
0 Comentários