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Edson Fachin surpreendeu Jerônimo ao elogiar o plano para redução da letalidade policial na Bahia






O ministro dirigiu-se ao secretário de Justiça e Direitos Humanos, Felipe Freitas, chamando-o pelo nome, como se já o conhecesse


Um fato que não passou despercebido deste Política Livre durante a abertura do Mês Nacional do Júri, nesta segunda-feira (03), no Fórum Ruy Barbosa, em Salvador, foi a amistosa conversa entre o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, e o governador Jerônimo Rodrigues (PT).

A reportagem apurou que o ministro elogiou o recém lançado plano de redução da letalidade policial, cuja portaria foi publicada no último dia 22 de outubro, e que tem como objetivo diminuir em 10%, a cada semestre, o número de mortes decorrentes da ação policial nos próximos três anos.

Fachin, que foi relator do processo que trata da letalidade policial no estado do Rio de Janeiro, a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635, a "ADPF das Favelas", disse diretamente a Jerônimo que o plano lançado na Bahia seria um importante instrumento para o Brasil no campo do enfrentamento à letalidade policial. A fala foi feita na presença de representantes do Judiciário, incluindo os chefes do Ministério Público, da OAB-BA, da Defensoria Pública do Estado (DPE-BA), além do secretário de Segurança Pública, Marcelo Werner.

O ministro dirigiu-se ao secretário de Justiça e Direitos Humanos, Felipe Freitas, chamando-o pelo nome, como se já o conhecesse. Ele pediu a Felipe e ao governador mais detalhes sobre as ações que serão implementadas na Bahia, que são resultado de dois anos de interlocução entre os três poderes e organizações da sociedade civil.

“Eu fiquei bem surpreso com o grau de apropriação do ministro sobre o trabalho desenvolvido no estado pelo Bahia pela Paz, em especial sobre o plano de redução da letalidade policial. Ele está firme neste tema, eu realmente me surpreendi”, confirmou uma fonte que presenciou a conversa a este Política Livre.

A fala do presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do STF, que é a mais alta corte do Poder Judiciário brasileiro, joga uma pá de cal no discurso sobre uma suposta omissão do governo Jerônimo no combate à violência, comumente usado pela oposição.

Na última sexta-feira, inclusive, a oposição na Bahia sofreu mais um revés com o elogio público do ex-comandante do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) do Rio de Janeiro, Rodrigo Pimentel, que em entrevista ao podcast Flow afirmou que, comparado com seus antecessores, Jerônimo “tem conseguido reduzir a violência no estado”. Ele é especialista em segurança pública e um dos autores do livro Elite da Tropa, que deu origem ao filme Tropa de Elite.

Por ironia do destino, Pimentel é o mesmo que esteve em Salvador em junho, a convite do líder da oposição na Bahia e pré-candidato a governador, ACM Neto (União Brasil), para palestrar no evento “SOS Bahia – Caminhos para mudar a segurança pública do nosso estado”, promovido pela Fundação Índigo. A instituição é presidida pelo ex-prefeito de Salvador.

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