
Jair Bolsonaro (PL) realizou exames no Hospital DF Star, em Brasília, neste sábado (21) que detectaram um quadro de pneumonia viral, além de episódios de hipertensão arterial, segundo o médico Cláudio Birolini, que realizou a última cirurgia, em abril, de suboclusão intestina e acompanhou o ex-presidente.
"Ele provavelmente teve um quadro de pneumonia viral, estava com muita tosse semana passada. Vamos dar uns dias de antibiótico pra ele tomar", disse o médico a jornalistas.
Birolini afirmou que o ex-presidente ainda deixou o hospital com um monitor de pressão arterial após apresentar episódios de hipertensão. O aparelho deve monitorar a pressão nas próximas 24 horas.
Ao deixar o local, Bolsonaro afirmou que estava "meio tonto, mas bem". "A idade pesa bastante na gente, e já foram sete cirurgias e espero que seja a última", disse.
Nesta sexta-feira (20), o ex-presidente precisou encurtar sua participação em um evento promovido pelo Frigorífico Goiás, em Goiânia, após passar mal. Ele também cancelou um almoço que teria em Anápolis, previsto em sua agenda.
No dia anterior, em cerimônia de entrega de título de cidadão na Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital, o ex-presidente já havia reclamado dos soluços constantes e afirmou, visivelmente debilitado: “Desculpa, estou muito mal. Vomito 10 vezes por dia”.
Sobre o caso, ele disse na manhã deste sábado que os episódios recorrentes de vômito e soluço são "coisa rara".
"Uma coisa rara, ninguém consegue identificar, já tive há anos atrás esse mesmo problema. É uma crise que dura às vezes 24 horas e até uma semana de soluço. Estou agora 24 horas sem soluço, espero continuar assim", afirmou.
Bolsonaro chegou ao DF Star às 07h15 e realizou exames de sangue e tomografia. Ele deixou o hospital por volta das 11h30.
12 horas
Em abril deste ano, o ex-presidente passou por uma cirurgia com duração de 12 horas para desobstrução intestinal e reconstrução da parede abdominal, decorrente das complicações da facada sofrida durante a campanha eleitoral de 2018. Desde então, Bolsonaro já se submeteu a sete procedimentos médicos relacionados a esse episódio.
Ele recebeu alta hospitalar no dia 4 de maio dizendo estar "renovado". Apesar da tentativa de se vitimizar, Bolsonaro utilizou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital DF Star como uma espécie de comitê político.
Ao longo de todo o período internado, recebeu políticos aliados e chegou até mesmo a participar de uma transmissão ao vivo nas redes sociais para vender capacetes para motociclistas que levam seu nome.
Diante de tamanha "disposição", o ministro Alexandre de Moraes, do STF, decidiu enviar à UTI do hospital uma oficial de Justiça para intimar Bolsonaro no âmbito da ação penal que é réu por tentativa de golpe de Estado, no dia 23 de abril.
Embora tenta dado escândalo e destratado a oficial de Justiça que o intimou, Bolsonaro assinou o documento e, assim, iniciou-se a tramitação da ação que deve levá-lo à cadeia.
Na UTI, foi além na tática do “coitadismo” e passou longe de qualquer limite de bom senso, publicando uma imagem fortíssima que mostra sua barriga completamente aberta durante o procedimento cirúrgico. É possível ver, com nitidez, seu intestino e vísceras expostas. “Como estavam as alças intestinais após o acesso à cavidade abdominal e liberação parcial das aderências”, escreveu Bolsonaro na legenda da publicação.
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