Ultimas Noticias

6/recent/ticker-posts

Quadrilha de Bolsonaro no banco dos réus: o temor da prisão e a "guerra" declarada por advogados

Defesa de membros do núcleo crucial da organização criminosa preveem um clima de "guerra" nas sessões em que Alexandre de Moraes vai ficar frente à frente com Bolsonaro e seus principais cúmplices na tentativa de golpe.


"Estou preparado para uma guerra", declarou um dos advogados que acompanhará o depoimentos dos membros do núcleo crucial da organização criminosa golpista comandada por Jair Bolsonaro (PL) que acontece a partir das 14h desta segunda-feira (9) na primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF).

A declaração foi dada, de forma anônima, à coluna de Lauro Jardim, do Jornal O Globo, e reflete a tensão em torno dos depoimentos dos acusados de serem os líderes da tentativa de golpe em 2023, que estarão frente a frente com Alexandre de Moraes e ao lado do delator do esquema, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro na Presidência.
O receio de uma abordagem dura de Moraes e da resposta que pode ser dada por Bolsonaro e seus cúmplices gera ainda o temor da possibilidade de decretação de uma prisão durante a oitiva.
A estratégia de guerrilha desenhada pelos advogados é focada especialmente em Mauro Cid, que será alvo de uma saraivada de perguntas e acusações, na tentativa desesperada dos acusados de desqualificar o delator.

O ataque mais forte contra Cid deve ser disparado pelo advogado de Braga Netto, José Luís de Oliveira Lima, o Juca, que fez uma das sustentações mais duras, chamando o tenente coronel de "mentiroso", na sessão em que o STF transformou os indiciados em réus, em março.

"O colaborador Cid, que mente — e mente muito —, apresentou um vídeo para sugerir um suposto vínculo do general Braga Netto com os manifestantes. No entanto, tratava-se de um encontro no Palácio da Alvorada, sem qualquer relação com os atos nos quartéis", argumentou.

Apenas Braga Netto deve acompanhar as sessões por videoconferência. Bolsonaro, Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira estarão ao lado de Cid.

Eles serão ouvidos por ordem alfabética após o interrogatório do delator. A previsão é que Bolsonaro preste seu depoimento na quarta-feira (11).

Esta será a primeira vez que o ex-presidente estará fisicamente no mesmo ambiente que Cid, com quem conviveu diariamente nos quatro anos de seu mandato.

Bolsonaro convocou os extremistas para acompanhar as sessões e tumultuarem o chat da transmissão, que será transmitida ao vivo pelo canal do YouTube do STF e replicada por diversos perfis.

Os réus estarão em um banco especialmente preparado para eles, em frente aos ministros da Suprema Corte. O interrogado sentará à frente do grupo em uma mesa.

Postar um comentário

0 Comentários