Em pronunciamento transmitido por rede nacional de rádio e TV, o presidente elencou medidas em prol dos trabalhadores e detalhou operação contra fraudes no INSS iniciadas em 2019

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou o pronunciamento em rede nacional na noite desta quarta-feira (30) para fazer um balanço de seu governo na véspera do Dia do Trabalhador (1º). Entre outros pontos, ressaltou a criação de empregos, o crescimento da economia e a retomada de programas sociais. E também falou sobre as fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
“Na última semana nosso governo, por meio da Controladoria-Geral da União e Polícia Federal, desmontou esquema criminoso de cobrança indevida aos aposentados e pensionistas, que operava desde 2019”, afirmou o presidente em rede nacional.
Ele ainda destacou que o governo recorreu à Advocacia-Geral da União (AGU) para ressarcimento das pessoas lesadas.
Lula elencou medidas voltadas para o trabalhador promovidas pelo seu governo e destacou duas iniciativas que tramitam no Congresso Nacional: a redução da jornada 6x1 e o projeto de lei que zera o Imposto de Renda até R$ 5 mil, com redução de alíquota para aqueles que ganham entre R$ 5 e 7 mil também.
“Enviamos ao Congresso Nacional o Projeto de Lei que zera o Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês. E quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7 mil também será beneficiado pagando menos do que paga hoje. Agora é assim: quem ganha menos, não paga. E quem ganha muito paga o valor justo. A segunda medida é que nós vamos aprofundar o debate sobre a redução da jornada de trabalho vigente no país, em que o trabalhador e a trabalhadora passam seis dias no serviço e têm apenas um dia de descanso”, disse Lula.
O novo presidente do INSS foi nomeado na noite desta quarta-feira (30), e sua nomeação estará em edição extra no Diário Oficial da União (DOU).
Veja o pronunciamento de Lula sobre o 1º de Maio

O ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) Alessandro Stefanutto, se demitiu a pedido do presidente Lula, na semana passada, após serem revelados desvios estimados em até R$ 6 bilhões na Previdência Social. A investigação foi realizada pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU), durante a operação Sem Desconto.
Além de Stefanutto, foram exonerados ainda o procurador-geral do INSS, Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho; o coordenador-geral de Suporte ao Atendimento ao Cliente do INSS, Giovani Batista Fassarella Spiecker; o diretor de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão, Vanderlei Barbosa dos Santos, e o coordenador-geral de Pagamentos e Benefícios do INSS, Jacimar Fonseca da Silva.
As fraudes no INSS teriam começado durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, ainda em 2019, e se estendido até 2024. Stefanutto assumiu o cargo de presidente do INSS em 2023, a pedido do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, que também havia indicado Glauco Wamburg, antecessor de Stefanutto no cargo, exonerado em 2023 por irregularidades no uso de passagens e diárias.
Os desvios aconteciam durante a aplicação dos benefícios do INSS, onde eram descontados valores mensais de aposentados e pensionistas como se eles tivessem se associado ou autorizado descontos relacionados a associações.
0 Comentários