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Reconvale Noticias | Líderes vão representar contra Gilvan da Federal no Conselho de Ética

Deputados também avaliam acionar a Corregedoria Parlamentar da Casa para que medidas sejam tomadas contra o parlamentar


Lideranças partidárias da Câmara dos Deputados discutiram nesta quinta-feira (30) possíveis sanções ao deputado Gilvan da Federal (PL-ES). O parlamentar, que já havia afirmado desejar a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), voltou a protagonizar conflitos dentro da Casa ao se envolver em nova confusão com o líder do PT, Lindbergh Farias (PT-RJ).
Durante a reunião de líderes, foi articulada uma representação contra Gilvan no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Casa. A iniciativa deve ser formalizada pelo líder do MDB, Isnaldo Bulhões (MDB-AL), com pedido de cassação do mandato.
Além disso, os deputados também avaliam acionar a Corregedoria Parlamentar da Câmara para que medidas adicionais sejam tomadas.
Conflito durante audiência com Lewandowski
O episódio mais recente envolvendo Gilvan ocorreu nesta terça-feira (29), durante a audiência do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, na Comissão de Segurança Pública da Câmara.
Depois do parlamentar do PL se referir ao presidente Lula diversas vezes como “descondenado” e afirmar que o governo federal estava “importando corrupto”, se referindo ao asilo concedido à ex-primeira-dama do Peru Nadine Heredia. Lindbergh pontuou que deputados não podem desrespeitar autoridades, relembrando o episódio em que o bolsonarista disse desejar a morte de Lula.
Gilvan se levantou, indo em direção ao líder do PT, que enfrentou o deputado. O presidente do colegiado, deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP), precisou chamar a Polícia Legislativa para conter a confusão.
No mesmo dia, Gilvan utilizou linguagem ofensiva e misógina ao se referir à ministra Gleisi Hoffmann, elevando a tensão no ambiente parlamentar e ampliando a pressão por sanções dentro da Casa.
Passando de 'todos os limites'
Em seu perfil no X, Lindbergh falou sobre as iniciativas dos líderes para buscar a responsabilização de Gilvan. "Essa turma tem passado de todos os limites aqui dentro. Este parlamentar e alguns Bolsonaristas, para lacrar e criar cortes para redes sociais, ficam o tempo inteiro criando confusão de todas as ordens, discurso de ódio, difamatório, atacando a vida e a honra das pessoas", apontou o parlamentar.
"Tenho feito um apelo no Plenário e nas Comissões e, também, junto ao presidente Hugo Motta para que criemos internamente na Casa procedimentos de boa convivência, debate democrático de ideias e equilíbrio, como deve ser exercido o nosso fazer político aqui no parlamento. É preciso dar um basta urgente. O clima na Casa é insalubre, exaustivo para quem está preocupado em trabalhar de verdade, cuidar dos problemas reais do país e em fazer o Brasil andar pra frente", disse ele.
Declarações de apologia à morte de Lula
Em 8 de abril, Gilvan da Federal declarou publicamente seu desejo de ver o presidente Lula morto, durante sessão realizada também na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados. Ele comentava um trecho das investigações que desvendaram o plano de assassinato do presidente da República, do seu vice, Geraldo Alckmin, e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Ao alegar ausência de provas da existência do plano, proferiu a declaração:
“Por mim, eu quero mais é que o Lula morra! Eu quero que ele vá para o quinto dos inferno (sic)! É um direito meu. Não vou dizer que vou matar o cara, mas eu quero que ele morra! Quero que ele vá para o quinto dos infernos porque nem o diabo quer o Lula. É por isso que ele está vivendo aí. Superou o câncer... tomara que tenha um ataque cardia (sic). Porque nem o diabo quer essa desgraça desse presidente que está afundando nosso país. E eu quero mais é que ele morra mesmo. Que andem desarmados. Não quer desarmar cidadão de bem? Que ele ande com seus seguranças desarmados”, afirmou Gilvan da Federal na sessão que discutia um projeto de lei para desarmar a segurança pessoal do presidente.
A declaração motivou representações contra o deputado junto à Polícia Federal e à Procuradoria-Geral da República por apologia ao homicídio. Depois da a repercussão negativa, ele recuou, alegando que havia “exagerado” nas palavras e pediu desculpas.

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