
A reforma ministerial de Lula em 2025 entrou com força total no radar do presidente. Lula quer acelerar as trocas na Esplanada para garantir apoio político sólido nas eleições presidenciais de 2026. Afinal, sem apoio firme, ninguém fica no governo, alertou claramente o presidente, sobretudo num momento em que sua popularidade enfrenta turbulências.
Na primeira reunião ministerial do ano, em janeiro, Lula já havia dado um recado direto aos partidos aliados: ou garantem apoio eleitoral em 2026, ou deixam seus cargos imediatamente. Hoje, o PT controla 11 ministérios, enquanto outros 17 estão divididos entre legendas como MDB, PSD, União Brasil, PP e Republicanos—todas com interesses próprios para as próximas eleições.
Com a popularidade em queda, Lula precisa garantir que partidos aliados com potencial de lançar candidaturas próprias, como PSD, União Brasil e Republicanos, permaneçam ao seu lado. O risco de debandada é real, especialmente devido ao crescimento político de Tarcísio de Freitas (Republicanos), atual governador de São Paulo e nome apoiado pelo inelegível ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Diante desse cenário, a pressão presidencial já gerou reações contundentes de aliados estratégicos:Gilberto Kassab (PSD) já criticou abertamente Fernando Haddad, alertando sobre possível derrota eleitoral caso a situação não melhore.
Marcos Pereira (Republicanos) demonstrou interesse em apoiar uma candidatura de centro-direita, possivelmente a de Tarcísio.
Antonio Rueda (União Brasil) não poupou críticas ao presidente, afirmando que Lula atravessa o pior momento de seu mandato.
A estratégia adotada por Lula lembra ações semelhantes feitas em 2006 e 2010, nas quais pressionou aliados por meio de mudanças ministeriais. Desta vez, porém, a baixa popularidade e o fortalecimento do bolsonarismo tornam suas articulações políticas muito mais delicadas.
As próximas semanas serão decisivas. Lula já agendou encontros individuais com Hugo Motta (Republicanos) e Davi Alcolumbre (União Brasil), presidentes da Câmara e do Senado, respectivamente, para avançar nas negociações. Além disso, não estão descartadas trocas em ministérios comandados pelo próprio PT, incluindo Márcio Macêdo (Secretaria-Geral), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Wellington Dias (Desenvolvimento Social).
Quem entra e quem sai na reforma ministerial
Quem pode sair na reforma ministerial de Lula?
Lula pode trocar ministros do próprio PT e de partidos aliados como União Brasil e PSD, dependendo do apoio eleitoral para 2026.
Por que Lula quer acelerar a reforma ministerial?
O presidente quer garantir apoio sólido dos partidos aliados para sua candidatura à reeleição em 2026.
Quais partidos estão ameaçando deixar o governo Lula?
União Brasil, PSD e Republicanos têm demonstrado insatisfação com o governo e podem lançar candidaturas próprias ou apoiar a oposição em 2026.
Partidos e parlamentares aliados ocasionais—como PSD, Republicanos, União Brasil e PP—temem ser arrastados pela queda de popularidade do presidente nas pesquisas. Por isso, essas legendas já flertam abertamente com o bolsonarismo e a extrema direita, visando às eleições de 2026.
Uma saída estratégica para o governo seria estimular a fragmentação das candidaturas oposicionistas, pulverizando-as e apostando todas as fichas em um segundo turno. Se prevalecer essa lógica, os partidos aliados poderiam permanecer na Esplanada com a condição de lançarem candidaturas próprias no primeiro turno.
A reforma ministerial é a grande cartada de Lula para reorganizar sua base aliada e garantir apoio para 2026. Resta saber se as mudanças serão suficientes ou se o presidente terá que enfrentar traições políticas pelo caminho.
E você, acredita que Lula conseguirá manter esses aliados até 2026? Deixe seu comentário e participe deste debate!
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