Jair Bolsonaro come pastel em São Miguel dos Milagres, onde se hospedou em pousada de luxo com Michelle e a enteada.Créditos: Instagram
Denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como líder da organização criminosa (orcrim) que tentou um golpe de Estado no Brasil, Jair Bolsonaro (PL) custou quase R$ 3 milhões aos cofres públicos somente em 2024.
Somente em remuneração paga com dinheiro público, a cifra chegou a R$ 1.147.316, uma média de R$ 95.609,67 mensais. O valor é mais que o dobro do teto do funcionalismo público, de R$ 44.008,52, que tem por base os salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Esse ano, com o aumento do teto para R$ 46.366,19, Bolsonaro vai embolsar mais de R$ 100 mil por mês.
Além dos cerca de R$ 12 mil que recebe como capitão reformado do Exército, o ex-presidente recebe R$ 41 mil de aposentadoria pelos anos que perambulou pelos bastidores da Câmara Federal.
Bolsonaro ainda ganha R$ 42 mil mensais do fundo partidário do PL, que o alçou ao cargo de presidente de honra desde que deixou o Planalto.
Além de Bolsonaro, o partido presidido por Waldemar da Costa Neto ainda paga outros R$ 42 mil mensais a Michelle Bolsonaro, presidenta do PL Mulher, o que garante um pouco mais de meio milhão de reais [R$ 504 mil] à renda do clã. O partido também arca com as despesas da casa onde moram em Brasília e das viagens feitas pelo casal pelo Brasil.
Gastos como ex-presidente
Além do mais de R$ 1 milhão em salários pagos com dinheiro público, Bolsonaro ainda tem direito, como ex-presidente, "a utilizar os serviços de quatro servidores, para segurança e apoio pessoal, bem como a dois veículos oficiais com motoristas, custeadas as despesas com dotações próprias da Presidência da República", segundo a Lei 7.474, de 8 de maio de 1986.
Segundo o portal dados abertos da Presidência, em 2024, Bolsonaro gastou R$ 1.797.732,52 em benefícios como ex-ocupante o Planalto.
O maior montante, de R$ 753.984,63, foi gasto com "passagens para o país". Nas viagens, Bolsonaro também usou R$ 280.486,12 para pagar diárias de hotéis no Brasil.
Em relação ao ano anterior, o ex-presidente foi forçado a economizar devido à apreensão de seu passaporte. Em 2023, Bolsonaro havia gasto R$ 648.894,86 somente com diárias no exterior, além de R$ 109.142,31 em passagens aéreas pelo mundo.
Além das viagens, os gastos públicos com Bolsonaro são vultosos no pagamento de "gratificação para exercício de cargo em comissão". Em 2023 foram gastos R$ 789.490,68 e em 2024 R$ 742.887,66 na despesa.
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