Após uma semana de intensas buscas, o corpo da estudante de biologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Camila de Almeida Neves, de apenas 24 anos, foi encontrado na quarta-feira (8) na área da Cachoeira do Santana, situada na zona rural de São Carlos, a aproximadamente 232 quilômetros da capital paulista. O sepultamento de Camila será realizado por meio da cremação em Piracicaba, que está a 160 quilômetros de São Paulo, e não haverá cerimônia de velório.
Camila estava desaparecida desde o dia 2, quando sumiu enquanto se banhava na cachoeira acompanhada de seu namorado de 31 anos.
Conforme o boletim de ocorrência registrado, o casal tinha ido ao local para passar um dia de lazer. Em um determinado momento, Camila decidiu entrar na água, enquanto seu namorado ficou na margem do rio para filmá-la. Repentinamente, ela desapareceu nas águas.
As operações de busca pela jovem foram iniciadas no mesmo dia e uma força-tarefa foi organizada para localizá-la. Mergulhadores, cães treinados para busca, policiais militares, guardas civis e voluntários com drones se uniram na busca.
O corpo de Camila foi encontrado preso a um tronco de árvore embaixo de uma queda d'água, a cerca de dez metros do ponto onde ela havia desaparecido.
Segundo informações do Corpo de Bombeiros, a descoberta do corpo foi facilitada pelo fato de que o nível do rio Jacaré-Guaçu havia diminuído durante a tarde de quarta-feira, após a usina local ter fechado as comportas que desaguam na área.
Ainda segundo os bombeiros, a região em questão já tinha sido inspecionada logo após o desaparecimento da estudante. No entanto, a altura elevada das águas havia impedido a visualização do corpo da jovem.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, a principal hipótese levantada é que Camila tenha escorregado e, ao ser levada pela correnteza, se enroscado em um tronco de árvore, o que resultou no seu afogamento.
Em uma nota oficial, o Centro Acadêmico de Biologia da UFSCar expressou profunda tristeza pela perda da estudante. Ela era carinhosamente conhecida entre os colegas como Cien.
"Cien era uma pessoa de alma delicada, possuidora de uma gentileza ímpar que cativava todos ao seu redor. Era extremamente talentosa, capaz de expressar a beleza e a singularidade que percebia no mundo através da arte e de suas atitudes. Neste momento de imensa dor, nos unimos em solidariedade aos seus familiares, amigos e colegas. Que sua memória e sua doçura permaneçam eternamente vivas em nossos corações. Cien será sempre lembrada por suas contribuições ao Centro Acadêmico, bem como por seus colegas e amigos. Descanse em paz", diz o comunicado.
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