Nesta quarta-feira (4), completa-se um mês do desaparecimento de Paulo Daniel Pereira Gentil do Nascimento, de 24 anos, e Matusalém Silva Muniz, de 25, funcionários de um ferro-velho no bairro Campinas de Pirajá, em Salvador. As investigações apontam o dono do estabelecimento, Marcelo Batista, como principal suspeito. Ele está foragido desde o início do caso.
O desaparecimento e as buscas
Os jovens foram vistos pela última vez em 4 de novembro, conforme registrado por câmeras de segurança do ferro-velho. Paulo Daniel teria trabalhado normalmente antes de desaparecer, enquanto Matusalém sumiu após sair para almoçar. Testemunhas afirmaram que os dois teriam sido amarrados e torturados antes de serem mortos.
No dia seguinte ao desaparecimento, equipes do Corpo de Bombeiros iniciaram buscas no terreno do ferro-velho com o auxílio de cães farejadores, localizando pertences de Paulo, como uma meia e um tênis.
O principal suspeito
Marcelo Batista, ex-policial e dono do ferro-velho, parou de frequentar o local após o caso ganhar repercussão. Em 6 de novembro, ele entrou com um pedido de habeas corpus preventivo, que foi negado. Dois dias depois, Marcelo enviou mensagens ao programa Alô Juca, negando envolvimento. No entanto, testemunhas relataram crimes atribuídos a ele, como o assassinato de outro ex-funcionário, Adson Davi do Carmo, acusado de roubo.
A polícia encontrou um veículo de Marcelo abandonado em uma loja na Região Metropolitana de Salvador, com manchas suspeitas que estão sendo analisadas. No dia 11 de novembro, foi expedido um mandado de prisão contra ele.
O sofrimento das famílias
Kaylane Santos, esposa de Paulo Daniel, descreve o último mês como um “pesadelo”. Ela relata medo constante pela segurança da família, além do impacto emocional causado pelo desaparecimento.
“É um mês sem comer, sem dormir, sem paz. O medo é constante, porque esse homem [Marcelo Batista] é perigoso”, desabafou. A mãe de Paulo, Marineide Pereira, também expressou sua dor, pedindo respostas e justiça.
Investigações continuam
A Polícia Civil informou que as investigações seguem em andamento, mas detalhes não estão sendo divulgados para não comprometer o caso.
Famílias clamam por um desfecho
Com o fim de ano se aproximando, as famílias afirmam não ter motivos para celebração e apenas esperam pelo desfecho do caso. “O maior presente seria encontrar o corpo dele para dar um enterro digno”, disse Kaylane.
O desaparecimento de Paulo Daniel e Matusalém evidencia a necessidade de respostas rápidas e justiça para confortar famílias devastadas pela incerteza e dor.
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