Em 2023, o Brasil registrou 54,7 milhões de vínculos formais ativos, conforme os dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), refletindo um crescimento de 3,6% em relação ao ano anterior. Segundo o Metrópoles, este aumento resultou na ampliação de 1.915.521 vínculos, conforme indicado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Paula Montagner, subsecretária de Estatística e Estudos do Trabalho, analisou que essa evolução já era esperada devido à dinâmica do mercado de trabalho observada no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) de 2023 e também ao aprimoramento do eSocial, que aumentou a cobertura do mercado de trabalho formal.
No setor privado, o número de vínculos formais ativos alcançou 44.469.011 em 31 de dezembro de 2023, com um crescimento de 3,5% (1.511.203 vínculos a mais). Já o setor público apresentou uma expansão de 3,8%, somando 343.117 novos postos formais, embora tenha ocorrido uma queda no número de vínculos de estatutários e estatutários não efetivos.
Ainda de acordo com a reportagem, a análise por atividade econômica revela que todos os cinco grandes setores apresentaram variações positivas, com destaque para a Construção Civil, que cresceu 6,9% (+185.161 vínculos), e o setor de Serviços, com 4,6% de aumento (+1.358.445 vínculos). O Comércio, Agropecuária e Indústria também apresentaram crescimento, mas em menor escala. O maior número de vínculos formais foi registrado no setor de Serviços, com 31.140.699 vínculos, seguido pelo Comércio (10.268.406), Indústria (8.656.622), Construção (2.852.711) e Agropecuária (1.787.678).
As regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste se destacaram pelo crescimento mais acentuado em relação à média nacional, com variações de 7,7%, 5,6% e 4,1%, respectivamente. Entre os estados, Roraima (22%), Tocantins (17,1%), Piauí (14,8%) e Amapá (13,3%) tiveram os maiores aumentos no estoque de empregos.
Por fim, a remuneração média no Brasil foi de R$ 3.930,56, sendo o setor de Serviços o que apresentou a maior remuneração média (R$ 4.422,65), seguido pela Indústria (R$ 4.182,40).
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