O caso envolvendo o empresário Marcelo Batista, dono do Ferro Velho, em Pirajá, ganha novos contornos à medida que novas vítimas surgem para denunciar o regime de trabalho escravo e as condições desumanas impostas aos trabalhadores. Em relatos exclusivos ao programa Alô Juca, várias pessoas afirmam ter sido submetidas a jornadas exaustivas de 12 horas, sem remuneração adequada e sem sequer o direito de sair para se alimentar ou beber água.
Uma das vítimas, que preferiu não ser identificada por questões de segurança, relatou que, além do trabalho forçado, os empregados enfrentavam descontes injustificados em seus pagamentos, que variavam entre 30 a 40 reais. A situação se complicava ainda mais quando alguém tentava cobrar o valor devido, com ameaças e represálias.
Segundo as denúncias, o empresário teria ligações com membros da segurança pública, incluindo policiais e agentes que, supostamente, protegiam as atividades ilícitas no ferro-velho. Entre as acusações mais graves, há a suspeita de que o local era um ponto de receptação de produtos roubados, como fios de cobre do metrô de Salvador, cuja diminuição constante gerava rumores sobre o envolvimento da empresa no comércio de materiais furtados. Os relatos apontam que, durante operações policiais, Marcelo teria contado com a proteção de algumas autoridades, o que dificultava a ação da polícia.
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