Em sessão realizada nesta quinta-feira (14/11), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, rechaçou categoricamente a ideia de que Francisco Wanderley Luiz, autor das explosões na Praça dos Três Poderes, teria cometido suicídio. Em suas declarações, Moraes enfatizou que o homem-bomba só detonou os explosivos que carregava por estar prestes a ser preso. A fala do ministro foi feita um dia após o atentado e destacada pelo Metrópoles.
“Quero lamentar essa mediocridade das pessoas que, por questões ideológicas, querem banalizar dizendo o absurdo que foi, por exemplo, um mero suicídio. Não, a nossa polícia judicial evitou que ele entrasse aqui para explodir e, na hora que seria preso, ele se explodiu”, declarou Moraes, sublinhando a gravidade da situação e a efetividade da atuação das forças de segurança.
O episódio, segundo Andrei Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal, não se resume a uma ação isolada. De acordo com o diretor, as investigações apontam que Luiz, de 59 anos, tinha como objetivo central a execução de ministros do STF, em especial Moraes. A explosão que ocorreu na Praça dos Três Poderes seria, portanto, parte de um plano mais amplo, que se conecta aos atos golpistas de 8 de janeiro, cujas consequências ainda ressoam nas ações policiais e jurídicas em curso.
Com o caso ainda em análise, Moraes destacou a importância de não minimizar as intenções do agressor e de manter o foco na prevenção de outros episódios semelhantes. “A banalização de atentados como este abre caminho para mais violência e intolerância”, afirmou. O ministro foi apoiado por outros integrantes do STF, que concordaram sobre a necessidade de ações enérgicas e coordenadas para enfrentar ameaças terroristas.
O ataque, além de colocar em risco vidas e patrimônios, reforça a polarização política e a tensão em torno de figuras-chave do Judiciário. Especialistas apontam que o episódio eleva o nível de alerta nas instituições, que precisam adaptar suas estratégias de segurança frente às crescentes ameaças.
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