Entramos oficialmente no período de inverno no dia 20 de junho, com uma temporada que se estenderá até 22 de setembro. Este ano, entretanto, a estação promete um perfil atípico, com a previsão de elevação nas temperaturas médias e redução significativa nas chuvas em grande parte do território nacional.
Os alertas de meteorologistas e especialistas indicam um cenário onde menos massas de ar frio alcançarão o interior do Brasil, uma consequência direta de bloqueios atmosféricos persistentes. Isso não apenas mantém as temperaturas em alta, mas também propicia o surgimento de ondas de calor, um fenômeno pouco comum para a estação.
O que esperar do inverno brasileiro em 2024
Apesar das ocasionais baixas temperaturas, o inverno de 2024 definitivamente não será marcado pelo frio intenso. Influências significativas do fenômeno El Niño no ano corrente resultaram em águas mais quentes no Oceano Atlântico, ajustando o padrão climático e diminuindo a frequência das frentes frias que normalmente cruzam o país.
O La Niña, previsto para emergir entre a segunda quinzena de julho e início de agosto, deverá trazer mudanças consideráveis. O fenômeno, conhecido por reduzir as temperaturas das águas oceânicas em pelo menos 0,5°C, aumentará as probabilidades de chuva nas regiões Norte e Nordeste, enquanto o Centro-Sul do Brasil poderá sofrer com um clima mais seco e irregular.
Impactos ambientais previstos para o inverno de 2024
O aumento do calor pode intensificar os incidentes de queimadas, especialmente no Pantanal, onde se espera um número maior de focos de incêndio em comparação ao ano anterior. As chuvas abaixo da média, especialmente notáveis na região Amazônica, devem acelerar a baixa nos níveis dos rios, fenômeno já observado durante a notória seca de 2023.
Embora raras, as condições para geadas e até neve persistem nos estados mais ao Sul, como Rio Grande do Sul e Santa Catarina, principalmente durante a última parte de julho até setembro. O inverno de 2024 traz, portanto, um leque de desafios meteorológicos que, embora atípicos, são reflexos de mudanças climáticas mais amplas.
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