Em café da manhã com jornalistas realizado nesta terça-feira (23) no Palácio do Planalto, respondendo a pergunta do jornalista do Brasil 247 e da TV 247 Joaquim de Carvalho, o presidente Lula (PT) afirmou que não vai comentar sobre o julgamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) relativo à correição da 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pela Lava Jato. “Eu não consigo me separar da figura do presidente e voltar a ser o cidadão Lula. O cidadão Lula está exercendo o mandato de presidente da República e eu, sinceramente, embora seja um tema que eu gostaria de falar muito, prefiro não comentar uma coisa que está tramitando na Justiça. (...) Como está agora tramitando no Conselho Nacional de Justiça, eu prefiro não dar palpite para ninguém dizer que eu estou querendo fazer interferência”.
No entanto, o presidente classificou a Lava Jato como “a maior mentira contada na história da República” e fez votos para que ‘a verdade venha à tona’. “O certo é que eu provei o que eu precisava provar e estou de volta à Presidência da República para fazer o que eu acho que tem que ser feito nesse país. Esse é um processo histórico. Essa coisa não se resolve em uma década. Essa coisa vai levar tempo, porque a verdade é que se você tem gente que tentou transformar os autores daquele episódio em heróis, as pessoas têm dificuldade de voltar atrás. Então leva um tempo de maturação para muita gente acordar para o que aconteceu nesse país, descobrir o que foi feito nesse país, discutir os benefícios e os malefícios. (...) Eu só espero que antes que a natureza me dê um final de vida, a verdade venha à tona, para o povo brasileiro nunca mais ser vítima de uma mentira que talvez tenha sido a maior mentira contada na história da República desse país. Um dia o povo brasileiro vai saber a verdade. Tem coisas que demoram muito a virem à tona, mas um dia vêm”.
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