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Drama à parte, o Cruzeiro mereceu vencer o Botafogo




A Raposa apresentou um rendimento que poderia ter gerado uma vitória mais tranquila sobre o Glorioso. Mas o estágio que se encontra enquanto equipe ainda não permite atuações consistentes e sem sustos. Levou um gol muito cedo, depois sofreu o empate no momento que dominava inteiramente a partida. Mas o bom funcionamento ofensivo pesou no final do duelo.
Bem solto e dinâmico nas movimentações, o Cruzeiro iludiu a defesa alvinegra, principalmente no 1º tempo, período em que já deveria ter terminado vencendo. O Botafogo foi um time longe de ter organização. Natural pelo pouco tempo de trabalho da nova comissão técnica e a falta de profundidade no conhecimento de várias peças do elenco.
Escalações
Fernando Seabra fez três mexidas em relação ao time que iniciou jogando no empate contra o Alianza Petrolera. Duas delas forçadas. Rafael Cabral, de saída do clube, deu lugar a Anderson na meta. No ataque, Dinenno ficou de fora por desgaste físico. Rafa Silva ganhou chance. Ramiro foi escalado no meio-campo. Mateus Vital preterido.
Já Artur Jorge sacou Barboza, Danilo Barbosa e Hugo em relação a equipe que comandou em sua estreia. Bastos, Marçal e Gregore ganharam oportunidade. Manteve os quatro atacantes de origem mais adiantados.

Como Cruzeiro e Botafogo iniciaram o duelo válido pela 1ª rodada do Brasileirão 2024 — Foto: Rodrigo Coutinho
O jogo
Num confronto entre equipes de trabalhos muito recentes de seus treinadores, o Cruzeiro mostrou ter avançado mais casas em relação ao Botafogo nos primeiros dias de Fernando Seabra e Artur Jorge. O Glorioso saiu na frente logo aos quatro minutos, mostrando aquela que é a sua vocação nos melhores momentos dos últimos meses.
Rodou a bola na linha de defesa e se aproveitou de uma subida de marcação mal feita pelos cruzeirenses. Ponte esticou um passe para Junior Santos deixar Zé Ivaldo para trás e servir Tiquinho. Chamou a atenção o espaço entre os elementos da última linha defensiva da Raposa. Marlon se afastou demais de Zé Ivaldo para pressionar Ponte, e Neris não reduziu a lacuna para o companheiro.
A Raposa não se deixou abater. Confiou na proposta que tinha traçado e dominou as ações com movimentos muito bem coordenados no campo de ataque. Matheus Pereira atuou pelo centro do ataque, recuava a partir dali. Se aproximava da bola e era o principal articulador da equipe. Rafa Silva e Arthur Gomes procuravam ocupar os espaços entre os zagueiros e laterais do Botafogo.
Arthur Gomes, do Cruzeiro, tenta passar pela defesa do Botafogo — Foto: Gilson Lobo/AGIF
Marlon e William eram agudos pelos flancos, principalmente William, responsável direto por iniciar a jogada do gol de empate - marcado por Lucas Silva - e por muitas outras que poderiam ter terminado em bolas na rede. Jeffinho não conseguiu contê-lo. Luiz Henrique também teve problemas para acompanhar Marlon. Marcar, aliás, foi um grande problema para o alvinegro em boa parte do jogo.
Tinha o meio-campo pouco povoado mais uma vez, sobrecarregando os volantes. Marlon Freitas saiu lesionado e Tchê Tchê entrou em seu lugar. Pouco combativo, o time carioca teve pouco a bola. Chegou quase sempre em ataques rápidos, sem tantos padrões definidos. Até conseguiu diminuir o volume adversário nos minutos finais do 1º tempo, mas foi pouco para equilibrar.
Marlon, Cruzeiro — Foto: Staff Images/Cruzeiro
Lucas Silva e Romero eram apoiadores dinâmicos pelo Cruzeiro. Lucas Romero também participava da cirrculação de bola do time, que muitas vezes envolveu oito jogadores nas ações ofensivas. Outro detalhe imortante de citar é a estratégia de marcação pensada por Fernando Seabra, algo que já havia ocorrido no jogo de quinta-feira.



Faz com que os homens mais avançados do time: Rafa Silva, Matheus Pereira e Arthur Gomes pressionem a defesa adversária pelo centro. Não há a obrigação dos homens que partem mais abertos, no caso Arthur Gomes e Rafa Silva, retornarem pelos lados. As dobras de marcação pelos flancos são feitas entre um dos meio-campistas - que flutuam na direção da bola - e o lateral.
É uma aposta arriscada ter muitos vezes só sete homens atrás da linha da bola, mas poupa fisicamente jogadores que podem estar disponíveis para contragolpes quando a bola é roubada. Artur Jorge promoveu a entrada de Hugo no intervalo. Marçal saiu. Logo no primeiro minuto em campo o jovem lateral criou ótima jogada com Tiquinho pela esquerda e Junior Santos desperdiçou na área.
Já era o prenúncio da melhora alvinegra no 2º tempo. Ajustou o posicionamento defensivo. Esteve mais compacto entre os setores, possibilitando pressões mais fortes na bola e menos controle ao Cruzeiro. Até conseguiu trabalhar mais com a posse e acionar peças importantes.

Cruzeiro x Botafogo — Foto: Vítor Silva/Botafogo
No momento em que equilibrara o duelo, porém, o Glorioso sofreu um duro golpe. Bastos sentiu caimbra e teve que sair. No intervalo entre o atendimento do angolano e a entrada de Barboza, o time ficou com um a menos em campo. O Cruzeiro pressinou no campo de ataque, roubou a bola e chegou ao gol em cruzamento de Marlon na área. Grande jogada de Matheus Pereira. Rafa Silva marcou.
Barboza fez falta ao não entrar antes e ficaria poucos minutos em campo. Deu uma entrada criminosa em Matheus Pereira com a bola já parada e acabou expulso após consulta ao VAR. Atitude totalmente irresponsável. O Botafogo se superou para buscar o empate. Já com Danilo Barbosa compondo a zaga e Óscar Romero improvisado como volante, não se entregou.
Contou com a imposição de Danilo na bola parada aérea. O camisa 5 atropelou o bloqueio tentado por Gabriel Verón em escanteio cobrado por Hugo, e venceu o duelo com Neris para marcar. Assim como fez no início do jogo, o time anfitrião não sentiu. Voltou a carga ofensiva e chegou naturalmente ao triunfo.
William, o melhor em campo, recebeu com liberdade pela direita e cruzou para Rafael Elias marcar em meio à recuada, mas desordenada linha de

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