Uma onda de indignação e tristeza varre a família de Jéssica Marques Vieira, 32 anos, que nos deixou no último sábado (4) durante um procedimento para a remoção de um dispositivo intrauterino (DIU) na clínica Med Center, em Matozinhos, na Grande BH.
A angústia começou quando, após horas de espera na clínica, das 7h às 11h, Vieira e o genro, Elvis Fernandes dos Santos, não receberam informações sobre o estado de saúde de Jéssica. O boletim de ocorrência registrado por Vieira na Polícia Militar revela a crescente suspeita da família diante do silêncio da equipe médica.
A situação tornou-se ainda mais preocupante quando a recepcionista da clínica, carregando bolsas de soro, entrou no consultório e, ao retornar visivelmente abalada, dispensou os demais pacientes. Ao questioná-la, Vieira obteve apenas um vago “não sei de nada”. Mais tarde, funcionários da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) chegaram à clínica com um desfibrilador, encaminhando Jéssica para a UPA.
Durante o trajeto para a UPA, o pai percebeu que algo estava errado ao notar a palidez e os lábios roxos da filha. O desespero se instalou quando, ao questionar o médico, este negou a morte, alegando ter realizado 19 procedimentos de ressuscitação. Elvis, marido de Jéssica, foi impedido de acompanhá-la na ambulância.
A confirmação trágica da morte veio com a chegada do rabecão do Instituto Médico Legal (IML) à UPA. A família, em choque, recebeu a dolorosa notícia ao conversar com o motorista do veículo. Até o momento, a clínica Med Center e o médico Roberto Márcio Martins de Oliveira não se pronunciaram de maneira efetiva sobre o ocorrido, embora o advogado Matheus Oliveira Araújo tenha afirmado que o médico está à disposição da Justiça, aguardando o desfecho do inquérito.
A comunidade espera ansiosamente por esclarecimentos e a conclusão das investigações para que a justiça seja feita diante dessa tragédia inexplicável. O sepultamento de Jéssica ocorreu no domingo (5), deixando uma família enlutada em busca de respostas e consolo.
Fonte: Notícias Foco
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