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LULA BATE O MARTELO E DECRETA O FUTURO DO BOLSA FAMÍLIA | Reconvale Noticias



Foram divulgadas nos últimos dias muitas notícias afirmando que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria enviado representante até o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), para tratar sobre o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), pasta responsável por administrar o novo Programa Bolsa Família e seus recursos bilionários.

O objetivo da conversa entre Lira e representantes de Lula seria uma possível troca do ministro da pasta, Wellington Dias, por um indicado do Centrão, grupo político composto por muitos deputados dos mais diversos partidos que são considerados aliados e comandados pelo presidente da Casa. Em troca da indicação do novo ministro, o Centrão teria prometido apoio as pautas importantes para Lula na Câmara.

No entanto, a possibilidade de Lula entregar o ministério do Bolsa Família, que é o principal programa de transferência de renda do país e carro-chefe dos governos do Partido dos Trabalhadores (PT), para o Centrão, grupo político amplamente criticado por militantes do PT e que apoiou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), causou um rebuliço entre apoiadores de Lula, que são contra, e entre as famílias assistidas pelo programa, que podem ser prejudicadas.

Isso porque uma troca de ministros no meio do ano, onde já há diversos processos ocorrendo, e sem nenhum motivo que de fato esteja ligado a administração do ministério, ou seja, apenas para agradar aliados políticos, pode ser prejudicial para o programa e, consequentemente, para as famílias atendidas. Afinal, não se sabe se o novo indicado seria alguém qualificado para o cargo ou só mais um representante de um grupo de deputados.

No entanto, em meio a todas as críticas que o Palácio do Planalto tem recebido a respeito da suposta troca do ministro do Bolsa Família por motivos exclusivamente políticos, tanto de apoiadores quanto de opositores, o presidente Lula resolveu se manifestar e negou que o ministério deixaria de ser comandado pelo PT. Lula não garantiu que Dias seguiria a frente da pasta, mas afirmou que “quem escolhe cargo é o governo”.

É importante pontuar que o atual ministro do Bolsa Família não é aprovado por todos aqueles que são contra a entrega do ministério que administra o programa social para o Centrão, afinal, Dias tem sido amplamente criticado pelos parlamentares, por não estar liberando emendas, e pelos membros do próprio governo, que acreditam que a pasta não está trazendo pautas positivas que possam apoiar Lula em seu terceiro mandato.

No entanto, a grande maioria dos apoiadores de Lula vê como prejudicial a entrega do ministério para o Centrão porque trata-se de uma pasta com orçamento de R$276 bilhões, quantia maior que a recebida pelos ministérios da Saúde e Educação, e que poderia ser melhor utilizada pelo atual governo para se autopromover.

Já em relação aos beneficiários, a crítica parte do ponto de que os projetos em andamento, que já não estão indo tão bem, com milhares de famílias bloqueadas e com dificuldades para atualizar seus cadastros, poderiam ser ainda mais prejudicados com a troca no comando. No entanto, de acordo com a fala de Lula, as discussões sobre o comando do Bolsa Família devem ficar apenas para agosto, quando o Congresso Nacional volta do recesso.

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