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Hospitais recebem alerta sobre possibilidade de falta de oxigênio por bloqueio de estradas | Reconvale Noticias



Os bloqueios de estradas que acontecem em boa parte dos estados do Brasil, inclusive em Goiás, tiveram um efeito colateral nos serviços de saúde. De acordo com a BBC News, alguns hospitais receberam alertas de que a entrega de oxigênio pode sofrer atrasos. Insumo básico, este é essencial para manter pacientes internados em situação mais grave. Apesar disso, a situação dos hospitais ainda é estável.
As interdições estão sendo realizados por apoiadores de Jair Bolsonaro, que não aceitam o resultado da votação do segundo turno das eleições, que confirmou a não reeleição do atual presidente. Às 9h de terça-feira (1°), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que existiam bloqueios ou interdições em pelo menos 20 estados do País.
A Air Liquide, uma das principais empresas que atua no setor de gases medicinais, compartilhou no 31 de outubro um texto dizendo que a paralisação das rodovias “impõe uma acentuada preocupação em relação a um possível desabastecimento”. O informativo foi enviado a gerentes de hospitais e alertou que a empresa pode ficar impossibilitada “de atender a demanda de gases, até que a situação de crise nacional se normalize”.
“A nossa produção e distribuição de gases medicinais, industriais e especiais, está sob real risco em função dos efeitos de tais manifestações pois, por um lado, não conseguimos escoar nossa produção, por outro, não temos como receber os caminhões nas fábricas e transportar os produtos para os nossos clientes”, afirma o documento.
Outra entidade do setor a se manifestar foi a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). Em nota, os representantes também se mostram “muito preocupados” com a situação, que classificam como “risco extremo e iminente à preservação da vida”.
“Especificamente no setor de saúde, as manifestações estão colocando em risco o transporte de oxigênio líquido medicinal, destinado a clínicas e hospitais, nos quais é utilizado para a manutenção e a preservação da vida de pacientes em estado crítico, ou que estejam sofrendo de crise respiratória.”
Apesar dos alertas sobre a possível falta de oxigênio medicinal caso os bloqueios continuem ou se intensifiquem, a situação dos hospitais ainda é estável.
O superintendente do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás, José Garcia Neto, disse não ter percebido nenhum problema nas últimas 36 horas.
Soraya Trani, gerente da Santa Casa de Misericórdia de Sorocaba, no interior paulista, conta que o hospital tem suprimentos suficientes. Isso porque, os estoques de insumos de muitos hospitais foram ampliados nos últimos dois anos por causa da pandemia de covid-19.
“É claro que ficamos temerosos com uma situação dessas, pois pode haver desabastecimento. Mas, por enquanto, tudo está tranquilo”, relata.

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