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PF diz que Damares mentiu sobre sexo oral com crianças. Falta agora punir a senadora eleita | Reconvale Noticias



A Polícia Federal não está investigando nenhum esquema de tráfico de crianças e de exploração sexual de menores na ilha de Marajó, ao contrário do que afirmou a ex-ministra Damares, senadora eleita (Republicanos-DF).
Segundo a jornalista Malu Gaspar, do Globo, duas fontes da PF que teriam sido acionadas caso a denúncia tivesse sido feita afirmaram que a corporação investiga vários casos de pedofilia na região Norte do Brasil, mas nenhum com as características mencionadas pela ex-ministra dos Direitos Humanos.
"Hoje, inclusive, a Polícia Federal está realizando uma investigação sobre crimes sexuais de menores com mandados de prisão, mas que também não tem relação com o caso", disse Gaspar sobre o assunto.
Durante culto em um templo evangélico no último sábado (8), em Goiânia, Damares disse que crianças brasileiras de três e quatro anos foram traficadas na Ilha de Marajó (PA) e tiveram os dentes arrancados para "não morderem na hora do sexo oral". Vídeo com as declarações de Damares foi publicado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do presidente, em suas redes sociais.
Além das fontes da Polícia Federal, a Secretaria de Segurança Pública do Pará, que também poderia ter sido acionada caso os casos que Damares diz ter presenciado fossem denunciadas, também informou que não recebeu nenhuma denúncia.
O grupo Prerrogativas, que reúne advogados e juristas, está entrando com representações no Ministério Público Federal (MPF) e no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que sejam investigadas as declarações de Damares.
O Ministério Público Federal no Pará solicitou informações nesta segunda-feira (10) ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos sobre supostos crimes contra crianças denunciados pela ex-ministra Damares Alves (Republicanos-DF), eleita senadora. O órgão também pediu que a pasta informe quais providências tomou ao descobrir os casos e se houve denúncia ao Ministério Público ou à polícia.
Durante um culto no último sábado (8, na igreja evangélica Assembleia de Deus Ministério Fama, em Goiânia (GO), Damares afirmou, sem apresentar provas, que crianças na Ilha de Marajó (PA) seriam traficadas e teriam seus dentes “arrancados para não morderem na hora do sexo oral”. Além disso, disse que elas só comiam “comida pastosa para o intestino ficar livre para a hora do sexo anal”.
A declaração foi compartilhada nas redes sociais pelo deputado federal eleito Mario Frias (PL-SP). Na gravação, Damares alega ter descoberto o suposto caso durante sua atuação no governo de Jair Bolsonaro (PL).
Também nesta segunda, o grupo Prerrogativas, composto por advogados e juristas, acionou o Supremo Tribunal Federal (STF). O grupo pediu a abertura de um procedimento a fim de investigar possível crime de prevaricação por parte de Damares.
“Se as estarrecedoras declarações forem verdadeiras, tanto a então ministra DAMARES REGINA ALVES, quanto o presidente da República JAIR MESSIAS BOLSONARO, devem explicar as providências tomadas para apuração de tamanhas atrocidades”, afirma o coletivo.

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