A guerra híbrida contra o Brasil, que foi explicitada a partir das manifestações de junho de 2013 e aprofundada com a Lava Jato, fenômenos que tinham como objetivo derrubar a ex-presidente Dilma Rousseff e mudar o modelo de exploração do petróleo no Brasil, destruiu empregos de alta complexidade na economia nacional. É o que aponta um estudo da Universidade Federal de Minas Gerais, que revela que o Brasil perdeu 890 mil empregos de maior complexidade em sete anos. Este mesmo estudo aponta que a participação desses setores no mercado de trabalho caiu de 11,4% em 2006 para 9% em 2020.
"O Brasil perdeu 890 mil empregos na produção de bens de média e alta complexidade em apenas sete anos, de 2013 a 2020. Se consideradas somente as 12 principais profissões de maior complexidade, tanto na indústria de bens de consumo quanto no setor de serviços, a perda é de quase 380 mil. Os números fazem parte de um estudo inédito do GPPD (Grupo de Pesquisa em Política Pública e Desenvolvimento), da Universidade Federal de Minas Gerais, feito a partir dos dados mais recentes da Rais (Registro Anual de Informações Sociais). De acordo com os pesquisadores, a participação no emprego total desses setores vem caindo ao longo dos anos, passando de 11,4% em 2006 para 9% em 2020. Ainda assim, de 2006 a 2013 houve um aumento no número de empregos desses setores, passando de 3,92 milhões em 2006 para 5,04 milhões em 2013", aponta reportagem de Douglas Gavras, na Folha de S. Paulo.
Os dados revelam que, com Lula e Dilma, foram criados 1,12 milhão de empregos de alta complexidade e que quase todos esses postos de emprego foram eliminados a partir de 2013 e da Lava Jato, operação conduzida pelo ex-juiz suspeito Sergio Moro, que quebrou praticamente todas as construtoras brasileiras e toda a indústria naval. Muitos engenheiros passaram, inclusive, a trabalhar como motoristas de aplicativos.
"O que a gente observa é que havia uma melhora na participação, sobretudo na composição do emprego antes de 2013. Setores de alta e média complexidade vinham aumentando sua participação no mercado de trabalho, embora lentamente. Nos últimos sete anos, eles não só não conseguem mais voltar ao ritmo de antes, como ficam praticamente estagnados", diz o professor da UFMG João Prates Romero.
O estudo aponta ainda que os setores de maior complexidade incluem atividades distintas, como a fabricação de veículos automotores, de produtos de borracha e materiais plásticos e metálicos, operários de confecções e de móveis – o que reflete a desindustrialização do Brasil após a 'ponte para o futuro', programa neoliberal implantado por Michel Temer após o golpe de estado contra Dilma.
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