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Carla Zambelli (PL-SP) atacou o PT e disse que é cedo para falar de crime de ódio político. | Reconvale Noticias




A deputada bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP) afirmou lamentar o episódio de violência política ocorrido em Foz do Iguaçu, mas atacou o PT e disse que é cedo para falar de crime de ódio político.
"É interessante como o outro lado pode cometer qualquer tipo de violência, faz palanque em cima da violência, transforma qualquer cadáver como palanque político e nos condena por crime de ódio, sem ter havido uma apuração, sem ter havido uma apuração, por exemplo, se os dois tinham algum relacionamento pessoal", afirmou a deputada ao jornal Folha de S.Paulo, por meio de mensagem de áudio.
Ela deu a declaração antes da divulgação da notícia de que o bolsonarista que invadiu a festa do militante do PT está vivo.
"O assassino não está vivo para falar qual foi a sua motivação. Mas, seja qual for, a gente lamenta e, independente de quem tenha cometido, seja do nosso lado ou uma pessoa isenta, a gente é contra a violência", acrescentou a parlamentar.
Geralmente bastante ativos nas redes sociais, a quase totalidade dos aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) se manteve em silêncio sobre o caso até o final da tarde deste domingo (10), pelo menos, diferentemente de representantes de todos os outros espectros políticos.
A reportagem encaminhou questionamento ao Palácio do Planalto, mas também não obteve resposta até a publicação deste texto.
Na noite de sábado (9), um policial penal federal bolsonarista invadiu a festa de aniversário de um militante petista, atirou contra ele e também foi baleado.
Em um primeiro momento, a polícia informou que ambos morreram. No final da tarde deste domingo, a delegada da Homicídios, Iane Cardoso, responsável pelo caso, afirmou que foi informada pela família que ele permanece internado.
Segundo o boletim de ocorrência, Marcelo de Arruda comemorava seu aniversário de 50 anos em festa temática a favor do PT quando Jorge José da Rocha Guaranho passou em frente ao local de carro e afirmou "aqui é Bolsonaro". Houve discussão e Guaranho disse que retornaria.
De acordo com as testemunhas, Marcelo então foi ao seu carro e pegou sua arma. Guaranho retornou para o local da festa e houve a troca de tiros.
No discurso em que acusa o PT de tentar fazer do episódio um palanque político, Zambelli citou o agradecimento do ex-presidente Lula ao ex-vereador Manoel Eduardo Marinho, conhecido como Maninho do PT, que é réu junto com o filho sob a acusação de tentativa de homicídio qualificado contra o empresário Carlos Alberto Bettoni, empurrado na rua em 2018.
Os filhos do presidente, que haviam criticado no dia anterior Lula pela defesa de Maninho, não haviam comentado nas suas redes sociais ou atendido aos questionamentos da reportagem.
"Maninho do PT, é aquele que, juntamente com o filho, quase matou um empresário que bateu a cabeça num caminhão", havia escrito o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no dia anterior.
O líder do governo no Senado, Carlos Portinho (PL-RJ), não quis se pronunciar quando procurado pela reportagem, via assessoria. Outras lideranças do governo, como o senador Eduardo Gomes (PL-TO) e o deputado Ricardo Barros (PP-PR), também não responderam às tentativas de contato.
Outra bolsonarista a comentar a morte do militante petista e do agente de segurança foi a senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS).
A parlamentar não relativizou o caso de violência política. Ela republicou uma manifestação de seu partido repudiando o episódio e disse: "Repito: os líderes políticos devem repudiar com veemência esses atos abomináveis de seus apoiadores. É inaceitável o que está acontecendo", escreveu em suas redes sociais.
O pedido já havia sido feito após o ataque ao carro do juiz que determinou a prisão do ex-ministro Milton Ribeiro.

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