Um crime bárbaro foi registrado na noite dessa segunda-feira (24) na cidade de Feijó, no interior do Acre. Uma menina de 13 anos foi apreendida e confessou ter matado a tia Maria Antonieta de Souza Abreu, de 38 anos, com vários golpes de faca.
O assassinato ocorreu no bairro Esperança. Segundo informações da polícia, a adolescente teria tentado matar primeiro o primo de 10 anos, mas, como não conseguiu, trancou a criança em um quarto e partiu para cima da tia.
Além de muitas facadas, a vítima foi agredida com uma panela. O delegado responsável pelas investigações, Railson Ferreira, suspeita que o crime foi planejado. Isso porque foi encontrado um diário que indicava a pretensão da menina.
Após cometer o crime, a adolescente saiu de casa normalmente e cerca de uma hora depois se apresentou no quartel da polícia. O delegado afirmou que ainda vai ouvi-la formalmente, mas que ela demonstrou frieza ao confirmar que tinha matado a tia.
“Ela conta com uma tranquilidade, disse que não havia uma preparação. Sobre o diário que encontramos, ela disse que era porque ela cultua a morte, que gosta. Mas, acredito que havia sim um planejamento. Foram muitas facadas e ela bateu demais com a panela na cabeça da tia.
A faca ficou cravada na vítima. Nunca tinha visto tanto sangue na minha vida. Ela disse que foi porque a tia pegava no pé dela, não deixava ela sair, não deixava namorar. Mas, eu não acredito nisso”, informou Ferreira.
A princípio, a suspeita era de que a menina teve ajuda de outra pessoa para cometer o crime brutal. Mas, de acordo com o delegado, a vítima estava com dengue e isso pode ter facilitado que a adolescente tenha conseguido matá-la sozinha. No entanto, nenhuma hipótese foi descartada.
A vítima morreu no local mesmo e o corpo foi levado ao hospital da cidade para passar por exame cadavérico. A polícia tenta obter imagens de câmeras de segurança da região e ainda vai ouvir testemunhas para concluir as investigações.
Relação harmoniosa
A adolescente estava morando com a tia há alguns dias porque a mãe dela está viajando. Ainda segundo o delegado, era uma família tranquila e que vivia em harmonia.
“Havia uma relação harmônica entre as partes e o que chama atenção é o planejamento da adolescente. O crime não foi impulsivo, um ataque, foi algo planejado. Tem um diário que ela escrevia e deixava claro que iria fazer isso. Era uma relação tranquila, mais do que tia e sobrinha, isso sempre foi muito nítido”, disse o delegado. //g1
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