Bolsonaro passou dois anos e nove meses de seu mandato ameaçando implantar uma ditadura militar.
Os sinais eram inequívocos.
Ele era saudosista da linha dura do regime militar de 64. Seu ídolo é um torturador. Loteou o governo com militares. Estimulava seus aliados a pedirem intervenção militar, a atacarem o STF e o Congresso.
Seu filho dizia que fechar o Supremo era moleza: bastava chamar um soldado e um cabo. Outro espalhava fake news contra a democracia.
Bolsonaro repetia que o Exército era dele e faria o que ele mandasse. Seus passeios de moto remetiam a Mussolini.
A farsa foi desmontada no dia 7 de setembro.
Para impedir o início imediato do processo de impeachment, recorreu à cartinha do Temer. Baixou o tom dos discursos. Não era mais o todo poderoso.
O Brasil percebeu que ele não tinha nenhuma carta na manga. O Exército não era “dele” e não ia embarcar em aventuras golpistas.
Desde então os brasileiros não têm mais medo dele.
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