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Bolsonaro xinga repórter de "idiota" durante inauguração na Bahia



Presidente Bolsonaro chamou a repórter Driele Veiga de "idiota" porque ela fez uma pergunta que ele não gostou - Isac Nóbrega/PR
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) xingou a repórter baiana Driele Veiga de "idiota", nesta segunda-feira (26), ao ser questionado sobre uma imagem em que ele aparece segurando uma placa "CPF cancelado" ao lado do apresentador Sikêra Jr.
A situação ocorreu durante a passagem de Bolsonaro pela inauguração da duplicação de parte da BR-101, em Conceição do Jacuípe, região metropolitana de Feira de Santana, na Bahia.
Após ser questionado pela jornalista, ele disse: "A senhora não tem o que perguntar não? Deixa de ser idiota". O momento foi transmitido ao vivo pela TV Aratu, durante o programa Que Venha Povo.
Após o episódio, o Sindicato dos Jornalistas da Bahia condenou a atitude do presidente e disse lamentar ter que emitir mais uma nota para criticar o comportamento de Bolsonaro.
“(O sindicato) Não pode deixar de manifestar seu repúdio ao xingamento proferido por ele contra a jornalista Driele Veiga, da TV Aratu, chamada de ‘idiota’ somente por estar exercendo seu ofício”, disse a nota.
De acordo com o presidente da entidade, Moacy Neves, a atitude só ressalta o traço autoritário do presidente e afirmou que ele é despreparado para exercer o cargo público.
“A maior autoridade do país não pode incentivar desrespeito aos direitos humanos e nem agir com grosseria com a imprensa, que é os olhos e a forma de comunicação entre os poderes e a sociedade”, afirmou.
A jornalista se posicionou por meio de suas redes sociais sobre a situação e disse que foi "um fato a se lamentar". "A autoridade representou no xingamento uma sociedade com uma estrutura ainda sexista e patriarcal em que homens acham que vão conseguir intimidar uma mulher com agressão verbal", disse.


"A mim o xingamento não ofendeu. Só mostrou que estava no caminho certo. Sou jornalista e estou aqui para perguntar, por mais que a indagação incomode", afirmou.

Edição: Vinícius Segalla

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