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A “Equação de Drake” e a beligerância humana, por Sebastião Nunes

Presidente Jair Bolsoaro, Sergio Moro, Hamilton Mouão, na posse do novo Procurador-geral da República, Augusto Aras disse que atuará com 'independência' e pautará gestão no diálogo Indicado por Bolsonaro e aprovado pelo Senado, Aras ficará no cargo por dois anos. Novo PGR é especializado nas áreas de direito público e direito econômico. Brasilia, 26-09-2019. Foto: Sérgio Lima/PODER 360
A “Equação de Drake” e a beligerância humana
Por Sebastião Nunes
Periodicamente emergem em diferentes países, numa súbita eclosão de tumores malignos, movimentos de extrema direita alimentados a ódio e dispostos a queimar tudo nas fogueiras de sua intolerância.
Contra eles de pouco valem pensamento crítico ou preocupações éticas, já que seu propósito é a guerra ostensiva contra instituições e grupos humanos que contrariem as regras impostas pela elite branca e pelo capital financeiro internacional.
Vivemos um destes momentos.
É tempo, portanto, de combate duro e sem tréguas.
É tempo de opor ideias ao vazio beligerante de indivíduos como Donald Trump, Jair Bolsonaro, Boris Johnson, Sebastián Piñera e suas políticas de exclusão.
Uma das maneiras de fazer isso é repensar a Terra e seu futuro.
VIDAS INTELIGENTES NO UNIVERSO
Desde a década de 1960, o astrônomo Frank Drake, trabalha com a possibilidade da existência de vida inteligente na Via-Láctea.
Um de seus amigos foi Carl Sagan, morto em 1996, outro apaixonado pela dupla questão de saber se existe vida inteligente fora da Terra e se uma civilização avançada tecnologicamente é capaz de sobreviver a seus terríveis brinquedos nucleares e a suas sangrentas birras raciais, religiosas, políticas, geográficas e econômicas.
Se existirem milhares ou milhões de sistemas solares parecidos com o nosso, torna-se bastante provável que a vida tenha surgido e se desenvolvido em pelo menos algumas centenas (ou milhares) de outros planetas. E se a vida surgiu e se desenvolveu, por que até hoje não tivemos conhecimento disso? Será que todas as jovens civilizações se autodestruíram antes do amadurecimento? Será que nenhuma foi além da infância tecnológica, quando aprenderam a capturar, mas não a controlar, as poderosas forças fisico-químicas do átomo?
Drake não é pessimista.
Em 1960 usou pela primeira vez um radiotelescópio na busca de sinais eletromagnéticos que indicassem vida inteligente. No ano seguinte formulou sua equação. Mais tarde foi um dos criadores do Projeto SETI (busca por inteligências extraterrestres, em inglês), ao qual tem se dedicado. No princípio, recebeu ajuda do governo dos Estados Unidos, mas, a partir de 1993 trabalhou às próprias custas, com a ajuda de outros abnegados otimistas, batalhadores incansáveis pela sobrevivência da vida na Terra, a despeito de todos os governos, poderes, armas, guerras e desastradas experiências que costumamos apelidar de progresso. Em 2015, em Londres, uniu-se ao inglês Martin Rees, ao russo Yuri Milner e ao físico Stephen Hawking (morto em 2018), fornecendo em conjunto 100 milhões de dólares para o financiamento, durante 10 anos, de novos estudos do SETI, usando a mais avançada tecnologia existente.

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