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Lava Jato blindou Temer e ajudou a consumar o golpe de 2016, apontam conversas vazadas





Diálogos entre procuradores da Lava Jato obtidos pelo Intercept e publicados em parceria com El País mostram a participação da força-tarefa no golpe de 2016. Duas semanas antes do afastamento de Dilma, os procuradores receberam um “anexo-bomba” com uma delação que incriminava Temer.
Mas ele preferiram recusar as informações alegando que não estariam de acordo com o “interesse público”. Que era na verdade o interesse deles em derrubar a presidenta Dilma e encerrar o ciclo de 14 anos de governo do PT.
Segundo El País, a delação que foi rejeitada em abril 2016 com anuência do Procuradoria Geral, foi a mesma que levou Michel Temer à prisão em março de 2019. Ela foi feita pelo empresário José Antunes Sobrinho, sócio da construtora Engevix, relatando pagamento de propina para Temer.

O procurador Athayde Ribeiro escreveu no Telegram num grupo chamado “Acordos Engevix” entre os procuradores de Brasília (BSB), Rio e Curitiba (CWB) o que segue:
“Pessoal de BSB e Lauro, o Antunes apresentou, neste momento, mais 2 anexos. Eles estão forçando a barra aqui. Informo que a opinião de CWB é contrária ao acordo”.
Acontece que o acordo e a divulgação das maracutaias de Temer poderiam melar todo o processo de Impeachment que corria a todo vapor no Congresso.
Questionada pelo El País, a Lava Jato emitiu uma nota em que afirma:
“Em relação ao caso que é objeto de questionamento, houve consenso entre mais de 20 procuradores no sentido de que o acordo não atendia o interesse público.”
Ou seja, os procuradores não decidem pelo critério da legalidade, mas pelo “interesse público”… deles.
              Com informações do El País

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