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Casais LGBTs oficializam união como resposta ao discurso de ódio



Dani (à dir.) deu o depoimento sobre o casamento com Laura (Foto: Carol Curti)
“Casar é uma explosão de amor. Deixa a gente inebriada, com um sentimento de felicidade genuína por nós, por quem está perto, pela humanidade. Entre as mensagens maravilhosas que recebemos, uma marcou ainda mais: ‘Casar é a forma que duas pessoas que se amam encontraram para se proteger do mundo’. Laura e eu assinamos nossa escolha meses depois do pedido, feito no Carnaval, minha festa preferida. Antecipamos a data por conta dos resultados das eleições? Sim. Melhor nos precavermos, seguindo a recomendação dos especialistas. Ainda assim, falei para ela: não quero fazer legenda na foto dizendo que nosso casamento é um ato político. Apesar de saber que também é, quis celebrar o amor, como é direito de todos. Inevitavelmente, no entanto, duas mulheres que decidem se casar são muita coisa. Tivemos que passar pela longa fase de aceitação das famílias. E é tão doido lembrar disso, pois já foi tão doído... Hoje ambas as famílias se emocionam, estão perto, comemoram. Esse momento chegou! Nós festejamos. Aliás, nos conhecemos em uma festa, ela me adicionou no Facebook, trocamos mensagens. De repente, estávamos tão apaixonadas que foi inevitável dar uns chacoalhões na vida. Morar junto, casar, fazer planos. Ela me dá vontade de desbravar o mundo com mais coragem. E a gente precisa tanto disso. Toda mulher sabe o que é viver com medo. Duas mulheres juntas talvez saibam ainda mais. A gente entra num táxi e já se afasta, tem algumas questões, mede o quanto se expõe (e isso porque somos privilegiadas). Dá medo de sofrer preconceito, ainda mais no Brasil de 2019. Mas qual escolha temos além de nos fortalecer? Nosso amor é bonito demais para ficar escondido. O Brasil que a gente quer é de resistência, de festa”, diz Daniela Arrais, jornalista, que casou com Laura, fisioterapeuta, em 15/12/2018





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