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Combate à corrupção no país está sob ataque dos três Poderes, diz Deltan


O procurador Deltan Dellagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, afirmou que o combate à corrupção no país está sob ataque por parte dos três poderes da República. Em entrevista à Gazeta do Povo na última quinta-feira (20), ele disse que a Lava Jato e todos os mecanismos anticorrupção do Brasil estão ameaçados por ações do Congresso, do STF e do governo Bolsonaro. “A gente vê um movimento amplo [de enfraquecimento do combate à corrupção]. Não é um movimento restrito, não é uma pessoa ou duas. A gente vê um movimento que engloba o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”, disse Deltan.

O procurador acredita que o vazamento de mensagens da força-tarefa faz parte desta estratégia de enfraquecimento e que cabe à sociedade civil se manifestar “para que as mudanças positivas aconteçam e não os retrocessos”. As mensagens obtidas pelo Intercept e divulgadas até este momento pelo site e por outros órgãos de imprensa, como a Folha de S.Paulo, expuseram a proximidade entre Sergio Moro e os procuradores da Lava Jato e colocaram em dúvida a imparcialidade do juiz e atual ministro da Justiça no julgamento dos processos da operação.

Na entrevista, Deltan nega que haja irregularidades na conduta da força-tarefa e do ex-juiz. Ele defendeu a postura e o trabalho de Moro em diversos momentos ao longo da entrevista, embora continue a negar a autenticidade das mensagens. Quando as primeiras mensagens vieram à tona, em 9 de junho, o Intercept informou que obteve o material de uma fonte anônima, que pediu sigilo. O procurador afirmou que a divulgação fora de contexto e possivelmente editada das mensagens gera desinformação e se configuram como ofensivas ao combate à corrupção. O pacote inclui mensagens privadas e de grupos da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, no aplicativo Telegram, a partir de 2015.

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