Durante a visita da comitiva brasileira à Ásia nesta semana, o governo chinês sinalizou intenção de ampliar a compra de carnes do país e promover pelo menos 78 frigoríficos para a exportação do mercado chinês.
O setor passou por muitos problemas nos últimos anos e agora vivemos um momento decisivo para a exportação de carne. Nós estamos preparados para exportar muito mais e vamos ver como a China vai dar sequência nesta negociação.
No ano passado, o ex-ministro Blairo Maggi tentou várias abordagens, mas não conseguiu nenhum sucesso. A diferença agora é que uma guerra comercial com os Estados Unidos pode acabar favorecendo o nosso mercado.
A ampliação da exportação não se dará de imediato, mas esse acordo pode sair ainda este ano.
Mercado x Preço
Eu gostaria de alertar, no entanto, que o grande problema para o pecuarista brasileiro não é a questão de mercado e sim o preço. Muitas vezes o que querem pagar para nós acaba gerando dificuldades por causa do custo, que aumentou demais.
Atualmente, a produção agrícola passa por um processo de ajuste muito grande em decorrência da crise mundial. Os preços lá fora estão caindo muito e o câmbio eleva os custos, provocando um desencaixa muito grande.
Por causa dessas questões, o produtor precisa de um conhecimento para que possa ajustar a forma de produzir e negociar. Fora isso, eu não tenho dúvida de que o país esteja no caminho certo para que este acordo se realize.
A China tem apetite para adquirir outros produtos brasileiro, basta tomarmos o rumo certo para poder bater de frente com os concorrentes. No entanto, não fico extremamente animado por causa do passado que tivemos, onde percebemos que qualquer novidade pode mudar tudo o que está planejado.
A minha preocupação vai além, e está na mudança que está acontecendo no cenário internacional, que pode impactar no câmbio, nos preços baixos e inviabilizar a produção agrícola, já que a carga tributária está muito alta.
Fonte : blogs.canalrural.uol.com.br
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