Vírus que infecta pele e mucosas, podendo causar verrugas ou lesões precursoras de câncer, o Papiloma vírus humano (HPV) possui mais de 200 tipos, sendo que aproximadamente 40 podem desencadear infecções nos tecidos do trato anal e genital, masculino e feminino, e predispor ao desenvolvimento de tumores malignos.
O exame Papanicolau consiste em um esfregaço, ou seja, coleta apenas uma parte de material do colo uterino utilizado para detectar células anormais ou alterações celulares no colo do útero. Entretanto, não é capaz de identificar e detectar especificamente os subtipos de HPV. Para melhor detecção e precisão, especialistas desenvolveram um teste molecular que é capaz de identificar o DNA de diferentes tipos de HPV e pode detectar o vírus antes mesmo de se observar danos nas células. Além de apresentar resultados mais completos, mais sensíveis e reduzir o erro humano, uma vez que o diagnóstico molecular é automatizado; com um resultado negativo no teste molecular, a mulher pode ficar de três a cinco anos isenta de repetir o procedimento.
O HPV dos tipos 6 e 11 são os mais relacionados à verruga genital. Já os tipos 16 ou 18 são a principal causa de câncer de colo de útero, o terceiro tipo de câncer que mais atinge a população feminina e a quarta maior causa de morte por câncer, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Portanto, vale o alerta sobre a importância de realização de exames preventivos. Mesmo na ausência de sintomas, a paciente que sabe ser portadora de determinado subtipo viral, pode seguir com acompanhamento mais frequente e evitar a transmissão para parceiros.
Transmissão, prevenção e detecção do HPV: Dr. André Mário Doi, assessor médico do Laboratório Clínico do Hospital Israelita Albert Einstein e médico assistente da Seção de Biologia Molecular da Divisão de Laboratório Central do Hospital das Clínicas de São Paulo (FMUSP).
Exames moleculares: Lucas França, responsável pelo laboratório da Mobius Life Science.
Fonte: SB 24horas
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