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Agredido a socos por aluno de 14 anos, professor diz que não quer mais dar aula




                       Foto: Reprodução / G1 SP
Após 20 anos de magistério, o professor Paulo Rafael Procópio, de 62 anos, não quer mais lecionar. Ele tomou essa decisão depois de ter sido agredido por um aluno de 14 anos dentro da sala de aula, em uma escola estadual de Lins, cidade de São Paulo. "Estou horrorizado. A gente sempre ouvia falar em casos de violência dentro de salas de aula, mas confesso que nunca imaginei passar por isso. Já estava decepcionado com a falta de respeito dos alunos, mas essa agressão foi demais", relatou ao G1 SP. O professor, que ainda se recupera da agressão, precisou levar seis pontos cirúrgicos no rosto e mais dois no supercílio para fechar os cortes provocados pelos socos desferidos pelo aluno e também pelo caderno que foi atirado durante o ataque. "Tem muitos professores que, até pela questão financeira, continuam trabalhando após se aposentar. Mas agora vou me aposentar e procurar outra coisa pra fazer. Não quero mais dar aulas", acrescentou. Procópio vai permanecer de licença médica até a próxima quarta-feira (27), mas ressalta que já tem tempo para se aposentar. Desses 20 anos de carreira, nos últimos três anos ele atua como professor de história e geografia na Escola Estadual Otacílio Sant'anna, localizada no Parque Alto de Fátima. De acordo com a publicação, a Polícia Civil disse que o caso de Procópio será enviado à Vara da Infância e Juventude nesta segunda-feira (25). Por meio do nota, a Secretaria Estadual de Educação disse que "realiza trabalho junto a crianças em situação de vulnerabilidade social para coibir situações de violência nas escolas". (BN)


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