Nesta segunda-feira, dia 14, doze mulheres, entre elas crianças e adolescentes, denunciaram uma rotina de terror dentro de uma casa de acolhimento clandestina.
No local, as vítimas, sendo mulheres, crianças e adolescentes eram colocadas acorrentadas dentro de um quarto escuro. Elas ficavam sem comer e beber por cerca de três dias. As vitimas afirmam ter vivido um filme de terror.
A casa, localizada em Engenho Novo, na Zona Rural do Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana de Recife. O abrigo existia há cerca de seis meses e administrada por um pastor evangélico da Igreja Ministério Pentecostal Encontro de Vasos.
As mulheres chegaram até a instituição para tratar o vício em drogas, mas afirmam ter vivido momentos difíceis.
Segundo o Conselho Tutelar do local, para impor medo a elas, em caso de desobediência de ordens, cobras seriam colocadas dentro da sala fechada. Carlos Antônio, o presidente do Conselho, falou que todas as mulheres queriam deixar a casa. Porém elas eram impedidas de sair. O local era imundo, e não tinha uma limpeza adequada.
“Uma senhora disse que se internou lá para se curar, mas pedia a Deus todos os dias para sair de lá”, afirmou Carlos.
Ele continuou dizendo que irá pedir o fechamento da casa, e segundo informações, a casa não tem nenhum registro de funcionamento na prefeitura.
As mulheres resgatadas do lugar foram levadas para a delegacia do Cabo de Santo Agostinho. Elas serão submetidas a exames traumatológicos, e logo após prestarão depoimento. Depois, serão encaminhadas a uma casa de acolhimento regular. O caso ainda está sendo investigado pela Delegada do local.
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