Por Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia - Além de todas as consequências funestas, desastrosas e nenhum aspecto positivo, o programa Mais Armas do governo Bolsonaro é uma ameaça à democracia.
Em 1937, o então presidente Getúlio Vargas utilizou o pretexto dos conflitos de rua entre integralistas e comunistas para decretar o Estado Novo.
A sociedade brasileira estava, então, tão radicalizada quanto agora. Tudo era gota d'água para desencadear conflitos sangrentos.
Quando há desordem nas ruas é hora de o governo entrar em cena e restabelecer a ordem. Ou seja: impor a sua ordem totalitária, de cima para baixo.
Os conflitos no campo vão se multiplicar. As armas não serão usadas para os capatazes se defenderem de bandidos, mas para atacarem o MST, contra quem as baterias já estão voltadas.
Nada vai impedir militantes políticos extremistas, seja de que cor ou seita forem de se armarem. Afinal, cada "cidadão de bem" pode adquirir ao menos quatro revólveres e eles não têm antecedentes criminais, tal como não tinham os celerados do CCC-Comando de Caça aos Comunistas que vandalizaram, quebraram e mataram durante a ditadura de que o governo Bolsonaro tem saudades.
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