Durante discurso de posse para novo mandato como presidente da Venezuela, Nicolás Maduro afirmou há uma tentativa internacional de "principiar um processo de desestabilização", e disse que o presidente brasileiro Jair Bolsonaro é "um fascista", contaminado pela direita venezuelana, que vem impulsando a "direita de toda a região"; governo Maduro enfrenta um isolamento diplomático com sanções da União Europeia e dos Estados Unidos; logo após a posse, o governo do Paraguai anunciou rompimento das relações com Caracas
com Reuters - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, foi empossado nesta quinta-feira (10) para um segundo mandato que durará até 2025, em meio a críticas da comunidade internacional. Em seu discurso de posse, Maduro chamou o presidente brasileiro Jair Bolsonaro de "fascista".
Em seu discurso, Maduro afirmou há uma tentativa internacional de "principiar um processo de desestabilização". Disse que o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, é "um fascista", contaminado pela direita venezuelana, que vem impulsando a "direita de toda a região".
Prometeu que levará adiante "as rédeas da pátria, respeitando a democracia", e fez homenagens ao libertador Simón Bolívar (mostrando a chave de seu sarcófago, pendurada em seu peito junto com a faixa presidencial) e a seu antecessor, Hugo Chávez (1954-2013). "Chávez e eu temos a mesma força", disse.
Durante a cerimônia oficial, Maduro relembrou Simón Bolívar e seu mentor político, o falecido ex-presidente da Venezuela Hugo Chávez, em uma sala repleta de funcionários, chefes militares e alguns convidados internacionais, como os presidentes da Nicarágua, Cuba, Bolívia, El Salvador e da Ossétia do Sul.
“Juro pelo libertador Simón Bolívar e pelos exércitos libertadores da nossa América, juro pelo legado de nosso amado comandante Hugo Chávez... que cumprirei e farei cumprir todas as premissas da Constituição”, disse o governante de 56 anos, com a mão esquerda levantada em frente ao presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Maikel Moreno.
Maduro prestou o juramento ante o Supremo Tribunal do país porque a Assembleia Nacional, controlada pela oposição, foi destituída de seus poderes desde que o governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) perdeu controle do Legislativo em 2016, uma medida que reforçou as críticas contra o presidente de governar com um estilo autocrático.
O governo Maduro enfrenta um isolamento diplomático com sanções da União Europeia e dos Estados Unidos. Além disso, países da região que fazem parte do Grupo de Lima já disseram que não reconhecerão o novo mandato. Poucos minutos após a posse, o governo do Paraguai anunciou que estava rompendo as relações diplomáticas com a Venezuela.
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