O prefeito de São Paulo João Dória (PSDB) comentou sobre uma provável disputa com o ex-presidente Lula nas eleições de 2018 para presidência da República. Seu principal opositor, o petista é alvo de seis ações penais e pode ficar impossibilitado de disputar o pleito do próximo ano. A possibilidade, contudo é inexistente para o candidato tucano. Ele afirmou, em entrevista à Folha de São Paulo, publicada neste domingo (1), que mesmo que Lula seja penalizado judicialmente fará do próprio fato motivador para a campanha, ainda se não for o candidato.
“Lula estará no páreo mesmo se não for candidato. Se ele não for, talvez até com mais força, porque vai se apresentar como vítima de todos. Haverá maior força e vigor de Lula defendendo, se não for sua candidatura, a do PT. É ilusão achar que, se Lula estiver inelegível, ele estará inabilitado para fazer campanha”, disse.
O gestor foi indagado se sem Lula, o campo da centro-direita tende a se pulverizar, e se isso é positivo ou negativo. “É preciso ver como se comporta essa área de centro, entre centro-esquerda, centro-direita. Quem terá o discurso inovador, quem terá o discurso motivador, o discurso aglutinador. Os outros discursos você já conhece. É a esquerda e a extrema-esquerda com Lula ou preposto, e a direita, extremadireita, com o [deputado federal] Jair Bolsonaro”.
Dória comentou ainda sobre o tom da candidatura. “Uma parte sensível do eleitorado é refratária aos políticos de forma geral, até com certa dose de injustiça, pois qualifica todos dentro de um patamar de negatividade. É preciso um discurso motivador para que as pessoas voltem a ter esperança de que é possível mudar o Brasil pelo voto. Não será pela nulidade, pela negligência ao voto que se vai transformar o Brasil”.
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