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Romário faz cirurgia polêmica para reduzir diabetes e perde dez quilos



A nova silhueta do senador Romário, que perdeu dez quilos em 45 dias, roubou a atenção durante uma partida de futevôlei, no torneio Desafio das Estrelas, no último sábado, na praia da Barra da Tijuca. Os 70 quilos recém-adquiridos não foram produto de uma dieta ou da prática de esportes, mas de uma cirurgia para reduzir o diabetes, chamada interposição ileal. O procedimento, porém, é visto com cautela por endocrinologistas.

“Minha diabetes chegou a 400, então eu decidi fazer essa cirurgia com o doutor Ludovico. Perdi uns 10 quilos. Estava com quase 80 quilos e hoje estou com 70, 69”, contou o Baixinho ao Globo Esporte. O ex-jogador foi operado pelo médico goiano Áureo Ludovico de Paula, que é apontado como o idealizador da cirurgia. Ao EXTRA, o cirurgião disse que estava viajando e não poderia falar.

— A interposição ileal é considerada experimental quando o paciente tem o Índice de Massa Corporal menor que 35. Com 1,69 metro de altura, o Romário precisaria pesar 100 quilos para realizá-la. Na teoria, existe base para que essa cirurgia funcione, o problema é que ela foi pouco estudada até agora — explica Márcio Mancini, membro do Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).

A cirurgia tem como objetivo reduzir o diabetes Tipo 2, mais comum em adultos e associado a algum grau de sobrepeso ou obesidade. Segundo Mancini, o hormônio insulina é produzido pelo corpo, mas não funciona bem e não regula direito a entrada de glicose nas células.

Médica prefere tratar doença com remédios

A endocrinologista Anna Gabriela Fuks, do hospital Copa D’Or, prefere tratar o diabetes com medicamentos, entre eles dois que chegaram ao mercado há pouco.

— Tem uma injeção subcutânea, que é um análogo do hormônio intestinal, e uma medicação que age no rim fazendo o paciente expelir uma quantidade maior de glicose. Os dois ajudam a perder peso também — afirma.

A médica explica ainda que a cirurgia pode ter efeitos colaterais, como a diminuição na absorção de nutrientes. Mancini acrescenta que a falta da absorção de cálcio pode gerar perda de massa óssea ao paciente.

— O Romário vai ter que tomar complexos vitamínicos para o resto da vida. Também terá que fazer exames com regularidade para monitorar os nutrientes e a glicose — diz o endocrinologista.

Os médicos não fecham a porta para uma popularização da cirurgia do Baixinho no futuro, mas relembram que é preciso estudar.

— Com o passar dos anos, vamos ter mais experiência. Hoje, não é o tratamento indicado — garante Fuks.
                                                Por Redação    extra.globo.com




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