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Quais são as suspeitas e as ameaças que pairam sobre Temer


Quando a corrupção virou um dos principais motes dos que defendem o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), muitos argumentaram que, contra seu eventual substituto, o vice-presidente Michel Temer (PMDB), também pairavam suspeitas.
Mas o que de fato há contra o vice, que pode assumir a Presidência interinamente nesta semana?
As suspeitas e ameaças vêm de cinco frentes, entre elas a Lava Jato. É importante lembrar, no entanto, que, na Presidência, Temer provavelmente não poderia ser julgado pelas suspeitas que pairam sobre ele na Lava Jato. A Constituição diz que, no período em que exerce a Presidência, um presidente não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao mandato.
Veja abaixo as principais suspeitas contra Temer:

1) Lava Jato

Temer foi citado por delatores da Operação Lava Jato, que apontaram para supostas relações do vice-presidente com pessoas que participaram do esquema de corrupção na Petrobras.
Outra suspeita de envolvimento no esquema foi levantada pela gravação de uma mensagem que indica que Temer teria recebido R$ 5 milhões da construtora OAS; ele afirma que esse dinheiro foi uma doação legal de campanha.
A Procuradoria-Geral da República, no entanto, não incluiu o nome de Temer nos pedidos de investigação feitos ao STF na semana passada, por considerar que Temer foi citado de forma indireta nas delações e que não há indícios suficientes contra ele.
Temer foi citado nos acordos de delação premiada do senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS, atualmente sem partido), do empresário Julio Camargo e, segundo a "Folha de S.Paulo", do lobista Fernando Baiano.
Delcídio afirmou que o vice articulou a indicação de Jorge Zelada para o cargo de diretor da área internacional da Petrobras e de João Augusto Henriques para a BR Distribuidora - ambos presos por participação no esquema.
O vice disse que não participou das indicações. "As indicações foram feitas pela bancada do PMDB de Minas Gerais. O vice-presidente não tinha nenhum contato com essas duas pessoas", afirmou sua assessoria de imprensa na ocasião.
Temer também foi citado na delação do empresário Júlio Camargo, que disse que o vice e outros peemedebistas eram representados pelo lobista Fernando Baiano no esquema.
Já Baiano, de acordo com o jornal "Folha de S. Paulo", disse em seu depoimento que Temer se reuniu com Nestor Cerveró, ex-diretor da Área Internacional da Petrobras.
Baiano, Cerveró e Julio Camargo foram condenados por corrupção e lavagem de dinheiro.
Além disso, a operação Lava Jato também descobriu uma mensagem que afirma que Temer teria recebido R$ 5 milhões do dono da construtora OAS, José Adelmário Pinheiro, conhecido como Leo Pinheiro, um dos empreiteiros condenados pelo escândalo da Petrobras.
A menção ao pagamento está em uma troca de mensagens de celular entre Pinheiro e Eduardo Cunha. Nela, Cunha se queixa de que o empreiteiro fez o repasse a Temer, mas não a outros líderes peemedebistas.

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