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Com filho de 7 anos que ainda não sabe ler, mãe desabafa e diz que greves prejudicaram aprendizado


Durante um desabafo ao vivo no programa Acorda Cidade, na manhã desta sexta-feira (20), a doméstica Marilucia Oliveira falou que está horrorizada com a situação de seu filho de sete anos que frequenta regularmente a escola, mas que não aprendeu a ler nem escrever.
Marilucia reclama que devido à greve dos professores e as frequentes paralisações da rede municipal de ensino de Feira de Santana, tem percebido que seu filho tem apresentando dificuldades no desempenho escolar e nas sextas-feiras muitas vezes a escola em que o garoto estuda não tem aula ou libera mais cedo.
A mãe contou que trabalha como diarista e quando seu filho não tem aula, ela não tem com quem deixá-lo para ir trabalhar. Segundo a doméstica, é uma situação preocupante que envolve principalmente o futuro da criança.
“Estou horrorizada. Já não aguento mais de tanta greve no colégio do meu filho. Ele tem sete anos e não sabe ler nem escrever. Todo dia é greve, paralisação. Estou revoltada com isso e tenho conversado com algumas mães de alunos que passam pela mesma situação”, disse.
Mãe solteira, Marlúcia contou que batalha para dar uma melhor condição de vida par ao seu filho e espera que através de uma educação de boa qualidade ele possa ter um futuro melhor do que o seu. Ela relatou que quer saber o porquê das greves e paralisações e disse que sente falta de um diálogo do Sindicato dos dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB- Feira) com os pais dos alunos.
“Eu queria uma resposta, gostaria que a APLB conversasse com a gente. Eu estou revoltada com tudo isso e meu filho está sendo prejudicado”, desabafou.
A professora Marlede Oliveira, presidente da Aplb de Feira de Santana disse que Marilucia tem toda razão em reclamar da situação do filho e que ela está certíssima. Marlede observou também que a dificuldade de aprendizado dos alunos pode ser justificada pelo prefeito José Ronaldo de Carvalho e pela secretária de educação Jayana Ribeiro. De acordo com Marlede, um dos problemas da educação pública do município é o grande número de professores estagiários que está assumindo a reponsabilidade das salas de aula.
“Eu acho interessante que a mãe tenha essa postura e essa preocupação com a falta de aprendizagem das crianças. Mas, quem precisa responder é o prefeito e a secretária de Educação, a professora Jayana Ribeiro. Nós acabamos de fazer um dossiê nas escolas, entramos na justiça e no Ministério Público do Trabalho porque em Feira de Santana o quadro de mais da metade dos professores é de estagiários”, completou.
Marlede Oliveira explicou que os professores estagiários são estudantes, inclusive de 1º semestre de faculdades e que não tem experiência nenhuma em sala de aula. Para ela, este é um problema grave e a prefeitura tem que resolver esta situação.
“Temos que dar um basta nisto. Se não tem concurso, pode-se abrir uma seleção para contrato em Regime Especial de Direito Administrativo (Reda). Agora tem que ser profissional, não pode ser um estudante estagiário para assumir a sala de aula”, pontuou.
Marlede Oliveira salientou que o caos da educação pública em Feira de Santana é responsabilidade do prefeito José Ronaldo, que há 16 anos é gestor do município. Segundo ela, as aulas que não aconteceram durante a greve ou devido às paralisações serão todas repostas.  Fonte : Acorda Cidade 

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