Absurdo: Garoto pobre e negro é impedido de entrar em shopping para comprar chinelo. VÍDEO

Video viralizou em grupos de Whatsapp. Menino tentou entrar, a pedido da mãe. Shopping informou em nota que repudia ‘qualquer forma de discriminação e preconceito’.

Um menino negro e pobre foi impedido por um segurança de entrar no Shopping Parque Bosque Maia, em Guarulhos, na Grande São Paulo, nesta terça-feira (12). O centro comercial é considerado de alto padrão e é o mais próximo da Cohab Parque Cecap, que possui cerca de 25 mil moradores. O caso foi filmado e viralisou nas redes sociais. Em nota, a assessoria de imprensa do shopping informa que repudia “qualquer forma de discriminação e preconceito”. O menino foi ao shopping acompanhado da mãe e mais dois irmãos para comprar um chinelo. O garoto vestia camiseta, bermuda e usava chinelos quando foi abordado pelos seguranças. Assista a cena:

No vídeo, é possível ver o segurança do shopping dizendo par ao menino: “Não pode entrar sozinho lá”. Em seguida, a mãe explica que ela quem mandou o filho ir sozinho até a loja e que preferiu esperar do lado de fora porque estava com outras duas crianças. “Eu falei [para o menino]: ‘Vai você. Você já escolhe e compra de uma vez’”, afirmou.

Segundo a reportagem apurou, a mãe deu seu cartão de débito para a criança realizar a compra. O menino chegou a entrar no shopping, mas foi retirado pelo segurança e impedido de entrar novamente. “Aí o segurança falou pra ele pela segunda vez que ele não ia entrar. Agora tem um monte de filho de boyzinho que vem sozinho”, criticou a mãe. De acordo com a mãe, o filho sofreu discriminação. “É pelas condições da roupa do meu filho, é só por causa dessas condições, porque meu filho não está com um tênis bom, uma roupa boa”, afirmou no vídeo. Em repúdio ao ocorrido, a executiva de compras Gisele Trevas, de 39 anos, moradora da Cohab Parque Cecap, realizou um protesto intitulado “Chinelasso Avaiana di Pau” em que todos os manifestantes usavam chinelos. “Eu acabei vendo o vídeo na internet e decidi protestar, tentar entender o ocorrido e manifestar nossa indignação”, disse ela.