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RJ já registrou 40 assassinatos de PMs em 2017



Em pouco mais de dois meses e meio, 40 policiais militares foram assassinados no Estado do Rio de Janeiro. Segundo a Polícia Militar, entre o dia 1º de janeiro e a tarde desta quarta-feira (22), 34 agentes foram mortos quando estavam de folga e seis durante o trabalho.

O ano mal tinha começado e as notícias sobre mortes de policiais já mostravam um número alto. Nas duas primeiras semanas de janeiro, ao menos dez casos foram registrados no Rio. Na época, a PM informou que três agentes foram mortos em serviço e outros cinco durante a folga, além de dois policiais reformados que também foram assassinados.

O caso mais recente aconteceu nesta quarta-feira (22), na Vila Kennedy, zona oeste do Rio. Segundo o comando da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) local, um policial militar reformado, que não teve a identificação divulgada, foi baleado por criminosos na porta de casa, localizada em uma rua de acesso à comunidade. Ele chegou a ser socorrido para o Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, mas não resistiu aos ferimentos.

Na última quinta-feira (16), outro caso chamou atenção. Pela manhã, um policial da DGP (Diretoria Geral de Pessoal), identificado com Renato Cesar Jorge Cardoso, foi morto durante uma tentativa de assalto na rua São Francisco Xavier, em frente à Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), no Maracanã, zona norte do Rio.

Segundo a corporação, o agente estava em uma moto quando foi abordado por dois motociclistas que atiraram em sua direção e depois fugiram. Imagens de um cinegrafista amador mostram os suspeitos fugindo do local do crime - assista abaixo.

No fim de semana, outros três PMs foram assassinados na região metropolitana. O Portal Procurados divulgou cartaz pedindo informações sobre os suspeitos de cometerem os crimes.

Treinamento


Para o ex-secretário nacional de Segurança Pública e coronel reformado da Polícia Militar de São Paulo José Vicente da Silva, uma das medidas para evitar mortes de agentes em folga seria um treinamento focado na segurança deles.

— A medida básica que a PM do Rio deveria estar fazendo é um treinamento intensivo de proteção para os policiais. Isso é uma preocupação muito grande porque as polícias do Brasil, em geral, não têm um programa continuado de treinamento de segurança. Todo batalhão deveria fazer uma estrutura de treinamento de abordagem, de eventual ataque. Nosso problema é na segurança do policial. Quando atirar, quando não atirar, quando reagir, como segurar a arma.

Silva diz que em situações de assalto, os policais normalmente estão em uma situação vulnerável, e que, havendo reação ou não, o criminoso normalmente está em vantagem sobre ele.

— Se o policial está armado, ele fica numa situação difícil porque ele precisa reagir. Se o criminoso descobrir que ele tem uma arma, vai acabar matando. Se descobrir que ele é policial, é bem provável que acabe atirando. Então, a reação, mesmo para o policial treinado, é uma situação muito diferente: ele está vulnerável em relação ao bandido, que sempre está numa posição vantajosa no sentido da surpresa, ou por já estar com uma arma apontada.

Mortes em operações policiais

Não é só o número de PMs mortos este ano que é grande. Segundo o ISP (Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro), apenas em janeiro de 2017, foram registradas 98 mortes em decorrências de operações policiais, os chamados autos de resistência. No mesmo período de 2016 foram contabilizadas 53 óbitos de civis em ações das polícias Civil e Militar. Os dados de fevereiro deste ano ainda não foram divulgados pelo instituto. Fonte : R7

Veja a fuga dos suspeitos de matar PM em frente à Uerj:

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